O governo atual e sua equipe econômica trabalham na direção de proporcionar ao Brasil ganhos de produtividade e competitividade. A aprovação da reforma da Previdência, o avanço na tramitação da reforma tributária, a promulgação da Lei da Liberdade Econômica, junto com o atual cenário de inflação sob controle e a taxa Selic em níveis historicamente baixos criam uma conjunção de condições favoráveis e necessárias para o crescimento da economia.
Nossa entidade vem buscando colaborar com diversas equipes do governo, junto a formadores de opinião e através de coalizões com setores da economia, na busca de apontar caminhos e alertar contra possíveis riscos. Para isso, já levamos às nossas autoridades diversos estudos e propostas em temas como abertura comercial, agenda de competitividade, normas regulamentadoras, desburocratização, melhora na legislação trabalhista e combate ao Custo Brasil, entre outras.
Gostaria de salientar aqui a iniciativa da Sepec (Secretaria Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade), do Ministério da Economia, encabeçada pelo secretário especial Carlos da Costa, em realizar um projeto em cooperação com a sociedade brasileira. A Abimaq vem participando desse projeto trazendo colaborações. O objetivo é oferecer à própria Sepec uma ferramenta de monitoramento das assimetrias sistêmicas do País que há anos vem tornando o Brasil menos competitivo, possibilitando assim ações focadas de correção. O estudo está sendo operacionalizado pela BCG (Boston Consulting Group).
Lembramos que a indústria de máquinas já exporta mais de 40% do seu faturamento. Acreditamos que, com o aumento da competitividade proporcionada pelas medidas em curso, adicionadas a uma política de seguro de crédito e financiamentos aos exportadores, o Brasil pode melhorar sua pauta de exportações agregando a ela maior valor e tecnologia.
Essa demanda adicional vinda das exportações, ao reduzir capacidade ociosa e ao ajudar a recompor margens, proporcionará a retomada do investimento privado, recuperando o emprego e estimulando o crescimento do PIB.
Com o governo prosseguindo com sua missão de criar condições favoráveis ao investimento em infraestrutura, retomando obras paradas, teremos certeza de um crescimento que virá. A recuperação dos investimentos, somada à atuação do governo no lado da oferta que, pouco a pouco, está melhorando o ambiente de negócios, deverá impactar positivamente a produtividade da economia, representando o início de um ciclo de crescimento robusto e sustentado ao longo do tempo.
A recuperação dos investimentos e do crescimento econômico e, com ele, dos empregos, permitirá recompor as contas públicas e a capacidade do Estado de fazer políticas sociais, capazes de reduzir as diferenças entre os brasileiros e oferecer oportunidades iguais para todos.
João Carlos Marchesan é administrador de empresas, empresário e presidente do Conselho de Administração