Economia

Toledo espera novos investimentos para a retomada de voos

Toledo espera novos investimentos para a retomada de voos

foto: Fabio Ulsenheimer

A crise sanitária gerada pela pandemia da covid-19 atrasou os planos do Município de Toledo para o Aeroporto Luiz Dalcanale Filho. Antes do início da pandemia, o aeroporto possuía um voo diário da empresa Azul Linhas Aéreas para Curitiba, contudo, desde o dia 23 de março de 2020, o aeroporto está sem operações comerciais, já que o setor aéreo foi um dos mais afetados com a crise.

Apesar disso, a gestão municipal já está preparando um plano para acelerar a retomada dos voos comerciais em Toledo. O secretário de Desenvolvimento Econômico e Tecnológico, Inovação e Turismo, Diego Bonaldo, explica que as conversas com as companhias aéreas foram retomadas, contudo, eles solicitaram que alguns investimentos técnicos fossem realizados no aeroporto. “Entendemos que essa questão do covid-19 impactou e ainda impacta nas viagens, mas já retomamos as conversas com os operadores, mas foram exigidos alguns investimentos no aeroporto. Precisamos de um equipamento chamado Papi, que auxilia o piloto durante o pouso e a decolagem e também um equipamento de Epta, que é da estação meteorológica, e como a nossa é muito antiga, precisamos troca-la”, explica.

A previsão é de que o investimento gire em torno de R$ 1,5 milhão.

Bonaldo diz que o Município está conversando com o setor privado em busca da viabilização dos equipamentos. “Estamos conversando com os empresários, investidores e analisando como iremos levantar o dinheiro. Já solicitamos à Secretaria de Aviação Civil um aporte de recursos para a viabilização dos equipamentos”, completa.

O presidente da Acit (Associação Comercial e Empresarial de Toledo), Claudenir Machado, conta que um consultor foi contratado para dar as orientações sobre assuntos técnicos do aeroporto, o qual tem trânsito entre as empresas aéreas, e isso deve auxiliar nas tratativas.

Apoio do Estado

Além da adequação técnica, outro limitador para a retomada dos voos diários é a questão do ICMS sobre o querosene da aviação.

De acordo com a Abear (Associação Brasileira das Empresas Aéreas), o querosene de aviação chega a representar até 30% do preço final da passagem aérea. Diante disso, busca-se um subsídio no ICMS para diminuir os custos de operação das companhias e aumentar a frequência dos voos, tal qual ocorreu no início do Governo Ratinho Junior para incentivar a aviação regional.

Claudenir acredita que, com essas duas questões resolvidas (adequações e subsídio do ICMS), a retomada dos voos em Toledo fica mais próxima. “Antes da pandemia, havia um voo diário, que vinha e voltava para Curitiba lotado. Precisamos resolver essas questões para ter uma retomada”.

Bonaldo destaca ainda o planejamento de uma viagem a São Paulo e a Brasília para visitar as sedes das empresas aéreas e discutir o retorno das operações comerciais no aeroporto de Toledo. “Estamos planejando uma viagem a Brasília e também à sede das empresas. A ida às empresas é para conversar sobre a retomada dos voos. Entendemos que há a questão da covid-19 e do combustível, mas precisamos continuar em contato”, enfatiza.