Cotidiano

presidente da Vale acredita que recursos repassado á Samarco resolverão as questões sociais e ambientais em Mariana

RIO-Sobre o aporte de R$ 3,7 bilhões feito à Samarco, o presidente da Vale, Murilo Ferreira, considerou que a questão está bem encaminhada para uma solução de continuidade das operações da companhia, que teve o rompimento da barragem ano passado, no maior desastre ambiental do país.]

– O acordo que foi feito com a Samarco e os diversos pares, oferece uma solução concreta, efetiva e de longo prazo para remediar e compensar os impactos da ruptura da barragem da Samarco. Em função das incertezas da data de retorno das operações da empresa provisionamos nas demonstrações financeiras trimestrais o valor de R$ 3,7 bilhões, equivalente ao valor total da responsabilidade da subsidiária da Vale no acordo para apoir a recuperação de longo prazo das comunidades e do meio ambiente ? destacou Murilo.

O presidente da Vale, Murilo Ferreira, destacou que a companhia teve uma boa performance operacional e financeira no segundo trimestre do ano. O executivo destacou que foram atingidos vários recordes de produção como no minério de ferro em Carajás, de níquel cobre e outro. O executivo destacou que os custos de despesas tiveram uma queda de US$ 1,8 bilhão na comparação com o primeiro semestre do ano passado.

– Sobre a performance financeira realizamos uma estupenda redução de custos e despesas no primeiro semestre do ano. Isso nos permitiu alcançar uma melhora de 22% no EBTDA (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortizações) que atingiu US$ 4,4 bilhões, apesar da queda de US$ 860 milhões na receita devido aos menores preços ? destacou Murilo, ao destacar que o foco foi a de reduzir a alavancagem da companhia no segundo trimestre do ano.

Murilo destacou entre as reduções de custos que a companhia vem obtendo em seus projetos, a queda dos custos na produção e carvão. Os preços do carvão , principalmente por conta da redução dos custos de sua produção em Moçambique, graças ao corredor logístico de Nacala. Segundo Murilo os custos de produção em Moçambique por tonelada tiveram uma queda de quase 40% em relação ao último trimestre, e deve continuar caindo no segundo semestre do ano com o andamento do projeto.

O Projeto de Reabilitação e Implantação da Ferrovia entre Moatize e Nacala (parte integrante do Corredor Nacala) consiste na construção de novos trechos de linha e na reabilitação de trechos existentes entre a Mina de carvão em Moatize (Província de Tete) e o novo Porto de Nacala (Nacala Velha), atravessando os países de Moçambique, nas extremidades, e Malawi, na zona central, correspondendo a uma extensão total aproximada de 900 km, dividida em vários trechos.

O presidente da Mineradora destacou que a empresa continuará na busca redução de custos operacionais, e redução de suas dívidas.

A Vale prevê fechar nas próximas semanas acordo com a Mitsui para assumir 50% da mina de carvão Moatize, em Moçambique as discussões segundo a empresa, com o governo local já foram encerradas e os bancos estão em fase na fase de revisão de documentos. O acordo prevê a participação da Mitsui também no corredor logístico na proporção 50¨% Mitsui e 50% Vale. A expectativa da Vale é que a celebração final do acordo deverá acontecer no mês de setembro próximo.

– É um exagero dizer que está ocorrendo uma revisão geral do acordo. Estamos promovendo ajustes e no momento adequado será trazido ao público ? explicou o pelo Diretor de Finanças e Relação com Investidores da Vale, Luciano Siane.