Economia

Plano de US$ 6 tri de Biden eleva gasto dos EUA a patamar mais alto desde a 2ª Guerra

O plano de Biden de financiar sua agenda aumentando os impostos sobre as corporações e as pessoas de alta renda começariam a diminuir os déficits orçamentários na década de 2030

Plano de US$ 6 tri de Biden eleva gasto dos EUA a patamar mais alto desde a 2ª Guerra

O presidente americano, Joe Biden, vai propor nesta sexta-feira (27) um orçamento de US$ 6 trilhões (R$ 31,65 trilhões), o que elevaria o nível de gastos públicos federais nos Estados Unidos ao maior patamar desde a Segunda Guerra, o que pode incorrer em um déficit acima de US$ 1,3 trilhão (R$ 6,86 trilhão) ao longo da próxima década. Para se ter uma ideia, o orçamento é quatro vezes o PIB brasileiro de 2020.

Documentos obtidos pelo The New York Times mostram que a primeira solicitação de orçamento de Biden como presidente propõe que o governo federal gaste US$ 6 trilhões no ano fiscal de 2022 e que os gastos totais subam para US$ 8,2 trilhões (R$ 43,25 trilhões) até 2031. O crescimento é impulsionado pela agenda em duas partes de Biden para atualizar a infraestrutura do país e expandir substancialmente a rede de segurança social, contida em seu Plano de Emprego Americano e Plano de Famílias Americanas, junto com outros aumentos planejados em gastos discricionários.

O plano de Biden de financiar sua agenda aumentando os impostos sobre as corporações e as pessoas de alta renda começariam a diminuir os déficits orçamentários na década de 2030. Funcionários do governo disseram que os planos de empregos e famílias seriam totalmente compensados pelo aumento de impostos ao longo de 15 anos, no que o pedido de orçamento se apoia.

Nesse ínterim, os Estados Unidos incorreriam em déficits significativos ao pedir dinheiro emprestado para financiar seus planos. Segundo a proposta de Biden, o déficit orçamentário federal atingiria US$ 1,8 trilhão (R$ 9,49 trilhões) em 2022, mesmo com a economia se recuperando da recessão da pandemia para crescer no que o governo prevê que seria seu ritmo anual mais rápido desde o início dos anos 1980. Ele diminuiria ligeiramente nos anos seguintes, antes de crescer novamente para quase US$ 1,6 trilhão em 2031.