Economia

Paraná cria 87,8 mil empregos no 1º quadrimestre; 13,6% são do oeste

CASCAVEL E TOLEDO SÃO DESTAQUE NO ESTADO

Paraná cria 87,8 mil empregos no 1º quadrimestre; 13,6% são do oeste

O Paraná fechou o primeiro quadrimestre de 2021 com um saldo de 87.804 novos postos de trabalho com carteira assinada, quarto estado que mais gerou empregos no País neste ano. O dado é do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério de Economia, e corresponde à diferença entre o total de 515.890 admissões e 428.086 desligamentos entre janeiro e abril.

O Estado mantém em abril o bom desempenho apresentado ao longo deste ano, com a criação de 10.019 vagas no mês passado, ocupando a quinta posição no País. É uma diferença grande com abril de 2020. Pouco mais de um mês após o início da pandemia de covid-19, que trouxe uma série de restrições às atividades econômicas, o Estado perdeu naquele mês 61.351 vagas de empregos. O Paraná registrou redução no primeiro quadrimestre de 2020, de 10.461 postos de trabalho.

“A pandemia ainda não deu trégua, mas o Paraná demonstra que é um estado forte e de gente que trabalha. Tivemos um excelente resultado na geração de empregos no primeiro quadrimestre do ano, principalmente se compararmos com mesmo período do ano passado”, afirma o governador Ratinho Junior. “O governo do Estado trabalha junto com o setor produtivo para recuperar a nossa economia”.

Os municípios que mais geraram emprego no quadrimestre foram Curitiba, com 18.113 novas vagas, seguida de Cascavel (4,517), Londrina (3.591), Maringá (3.509), São José dos Pinhais (2.415), Toledo (2.271) e Araucária (2.175).

Na região oeste, que tem 50 municípios, foram gerados 11.932 empregos com carteira assinada neste ano, o que corresponde a 13,6% do total do Estado. Destaque para Cascavel, que criou 4.518 vagas nos quatro meses, e Toledo, com 2.204. Em abril, a região soma 2.034 postos de trabalho, 20% do total do Estado.

Indústria lidera geração de empregos em abril

Dos 10 mil postos de trabalho abertos no Paraná em abril, 4.074 foram oportunidades criadas pela indústria do Estado. O comércio ficou em segundo, com saldo de 2.888 empregos ativos, seguido pela construção civil (2.014) e agropecuário (1.078). Já o setor de serviços fechou 35 postos no mês. Os números do Paraná seguem a tendência nacional. A indústria do país registrou 19.884 novas contratações em abril. Considerando todas as atividades, foram abertos quase 121 mil novos postos de trabalho no mês em todo o Brasil.

O economista Marcelo Alves, da Fiep (Federação das Indústrias do Paraná), explica que, diferentemente do que ocorre nas avaliações mensais, este ano não é coerente avaliar os resultados de abril comparando-os com o mesmo mês de 2020 porque a base de comparação é muito baixa. “Abril do ano passado foi o pior mês para a indústria. Por conta do início da pandemia, decretado dias antes, várias empresas tiveram suas operações totalmente paralisadas e o faturamento caiu. A partir de junho, o setor retomou a atividade e foi recuperando as perdas acumuladas, retomando a normalidade”, justifica.

A indústria saiu de um saldo negativo de 15 mil empregos em abril de 2020 para mais de 4 mil agora.

Dos 24 setores da indústria de transformação avaliados, apenas dois demitiram mais do que admitiram agora: vestuário (-76) e impressão e reprodução de gravações (-16). Já os maiores empregadores foram alimentos (1.141 novas vagas), seguido por madeira (824) e fabricação de produtos de metal (438). O setor automotivo, um dos mais relevantes do estado, também abriu 40 novos postos em abril.

No acumulado de janeiro a abril, os dados também são favoráveis. No Brasil, são quase 247 mil novas oportunidades abertas. Já o saldo da indústria paranaense no período foi de 28.407 vagas. Dos 24 segmentos industriais avaliados no estado, apenas o de bebidas registra saldo negativo (-77). Confecções e artigos do vestuário lidera o ranking com 4.421 novas contratações, seguido por alimentos (3.624); madeira (2.756); fabricação de produtos de metal (2.273); e máquinas e equipamentos (2.149).

Brasil cria 120 mil vagas em abril

O mercado de trabalho formal brasileiro registrou saldo positivo de 120.935 carteiras assinadas em abril, depois de criar 177.352 vagas em março (dado revisado), de acordo com o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados).

O resultado do mês passado decorreu de 1,381 milhão de admissões e 1,260 milhão de demissões. Em abril do ano passado, em meio a medidas mais restritivas de circulação para evitar a disseminação do coronavírus, houve o fechamento de 963.703 vagas com carteira assinada – o pior resultado em toda a pandemia.

No acumulado dos quatro primeiros meses de 2021, ao saldo do Caged é positivo em 957.889 vagas. No mesmo período do ano passado, houve destruição líquida de 763.232 postos formais.

Os estados com os maiores saldos de emprego nos primeiros quatro meses foram São Paulo (284.942), Minas Gerais (121.497) e Santa Catarina (98.066) e Paraná (87.804). No mês de abril, a abertura de vagas foi liderada por São Paulo (30.174), Minas Gerais (13.942), Santa Catarina (11.127) e Goiás (11.018), com o Paraná ocupando a quinta posição. Apenas quatro estados fecharam o mês no negativo: Alagoas (-3.208), Sergipe (-92), Rio Grande do Norte (-61) e Amapá (-60).