Cotidiano

FioCruz critica fusão de ministérios no governo interino de Michel Temer

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RIO – Principal órgão de pesquisa do governo federal na área da saúde, a Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz) se manifestou oficialmente contrária à fusão do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) com o Ministério das Comunicações. A decisão de juntar as pastas foi do presidente interino, Michel Temer, que escolheu o ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab para comandar esse “superministério”.

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Já no último dia 11 de maio, antes mesmo de a fusão ser anunciada oficialmente, 13 entidades, entre elas a Academia Brasileira de Ciências e a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, publicaram um manifesto contra a ideia. Agora, a FioCruz divulgou um comunicado no qual declara seu apoio às críticas dos pesquisadores.

Na nota, o órgão critica a junção, “por motivos claros de conflito entre as missões, visões e objetivos dos dois órgãos”. Segundo a FioCruz, o MCTI tem como objetivo fomentar o desenvolvimento da ciência e tecnologia e desenvolver investigação científica. Já o Ministério das Comunicações atua junto a órgãos de controle que visam a dar transparência e acesso às ações governamentais.

“Portanto, são claras as diferenças entre os procedimentos adotados pelos dois ministérios e suas respectivas áreas de atuação, para que se possa unificá-los em uma única estrutura”, critica o texto divulgado pela agência.

A FioCruz termina seu comunicado ressaltando a crescente preocupação, no mundo todo, com o desenvolvimento sustentável por meio do investimento em ciência e tecnologia. “Ciência e tecnologia são molas propulsoras do desenvolvimento sustentável (…). Ainda há, no Brasil, uma carência de investimentos nos dois setores e a fusão das duas pastas poderá dificultar um crescimento sustentável e de longo prazo. Portanto, a Fiocruz se manifesta contrária a esse movimento de fusão dos dois ministérios.”