BRASÍLIA Heráclito Fortes (PSB-PI) registrou a sua candidatura na noite de sexta-feira tornando-se o sexto deputado a oficializar sua pretensão de disputar a Presidência da Câmara, que teve a corrida sucessória aberta com a renúncia de Eduardo Cunha (PMDB-RJ). O cenário é de proliferação de candidaturas, sobretudo na base do presidente interino Michel Temer, e a disputa tem sido levada até à definição da data da eleição. O presidente interino, Waldir Maranhão (PP-MA), convocou o pleito para quinta-feira, dia 14, mas líderes do Centrão querem puxar a decisão para terça-feira, dia 12.
Além de Heráclito, registraram suas candidaturas os deputados Fausto Pinato (PP-SP), Carlos Gaguim (PTN-TO), Fábio Ramalho (PMDB-MG), Carlos Manato (SD-ES) e Marcelo Castro (PMDB-PI). Nenhum dele, porém, desponta como favorito.
Apontados como os candidatos mais fortes e ligados tanto ao Centrão quanto a Cunha, Rogério Rosso (PSD-DF) e Jovair Arantes (PTB-GO) tem negado que entrarão na disputa. No Centrão, que reúne vários partidos médios, também são cotados o primeiro secretário da Mesa, Beto Mansur (PRB-SP), o segundo vice-presidente da Casa, Giacobo (PR-PR), e os deputados Cristiane Brasil (PTB-RJ) e Esperidião Amim (PP-SC), além de Pinato, Gaguim e Manato.
A divisão ocorre também dentro dos partidos. No PMDB, além de Castro e Ramalho, são cotados os paranaenses Sérgio Souza e Osmar Serraglio. No DEM, que tem 27 deputados, Rodrigo Maia (RJ) e José Carlos Aleluia (BA) anunciam suas pretensões. No PSB, que tem 34, além de Heráclito, estão na disputa Júlio Delgado (MG) e Hugo Leal (RJ).