BRASÍLIA – Após a vitória no primeiro turno, Rodrigo Maia admitiu que calculava uma votação maior do que os 293 votos que obteve, algo em torno de 300 apoios. Mas ressaltou que o importante era ganhar a eleição e que está satisfeito com o resultado.
? Quem ganha está sempre satisfeito. Eu tinha uma expectativa na casa de 300 votos, fazia uma conta maior, mas a gente sabe que no voto secreto sempre tem uma perda natural. O número de 300 votos era o número razoável, e foi perto disso. O importante é que eu venci ? disse o presidente reeleito.
Candidato preferido do Palácio do Planalto, o deputado negou que tenha recebido ajuda do governo, mas disse que o fato de ter comandado votações importantes para o Planalto sinalizou a seus pares que ele dará “tranquilidade” para seguir tocando a agenda econômica. Ele defendeu que a Câmara assuma um papel de protagonismo na votação das matérias econômicas, principalmente na reforma da Previdência e trabalhista:
? Comandei as votações das matérias econômicas do governo e isso sinalizou de forma clara para os parlamentares da base que minha continuação na presidência dava tranquilidade para essa agenda. E é isso que vai acontecer, nós vamos ampliar o debate, como pediu a oposição, das matérias polêmicas como previdenciária e trabalhista, mas vamos avançar na votação dessas matérias.
COMISSÕES
Maia disse que pretende já na próxima semana instalar uma comissão para analisar o projeto de lei de reforma trabalhista, enviado pelo governo, e que o relator da matéria será o deputado Rogério Marinho (PSDB-RN). Ele também vai instalar a comissão especial para apreciar a reforma da Previdência, cujo relator é o deputado Arthur Maia (PPS-BA), que já havia sido escolhido, e o presidente será Sérgio Zveiter (PMDB-RJ). Maia espera que a Previdência seja resolvida até o meio do ano.