Conhecido como Cidinho, Alcides José Corrêa vai deixar saudades aos familiares, mas também para quem aprecia um bom churrasco.
Natural de Sobradinho (RS), Alcides viveu 77 anos, dos quais mais de 60 passou no Paraná.
Ele tinha apenas oito anos quando os pais deixaram o extremo sul do Brasil para buscar novas oportunidades de emprego. A família viveu um tempo em Pérola D’Oeste, onde trabalhou com agricultura e comércio, mas foi em Cascavel que estabeleceu a morada definitiva.
Cidinho trabalhou com os pais por um tempo, mas quis alçar voos próprios e decidiu ser taxista e motorista de ônibus.
Foi onde conquistou muitos amigos queridos, mas ainda não estava totalmente satisfeito com a profissão. “Como bom gaúcho e com sangue forte correndo nas veias, ele comprou uma churrascaria”, conta Natalício Alves Pereira, enteado de Cidinho.
O talento virou profissão e Cidinho dedicou 40 anos à churrascaria que levou seu nome e que fez parte do desenvolvimento de Cascavel.
Origem do apelido
Mais do que uma abreviação carinhosa do nome Alcides, Cidinho virou apelido por causa da sua estatura: Cidinho tinha apenas 1,52 metro de altura.
Felicidade para Alcides estava nas coisas simples, como cuidar da família e pescar com os amigos e os familiares.
Família
Alcides José Corrêa foi casado com Maria Aparecida Corrêa e “herdou” seis enteados com quem estabeleceu uma forte relação de amor e carinho e tratava como se fossem seus filhos. “Minha relação com ele era de pai e filho. Eu moro em Curitiba, mas todos os meses vinha a Cascavel visitar minha a mãe e ele”, relata o enteado Natalício Alves Pereira.
A despedida
Alcides José Corrêa desenvolveu uma pneumonia aguda e foi hospitalizado após uma parada respiratória. Ele ficou internado durante dez dias, período em que sofreu mais duas paradas respiratórias. No dia 12 de junho Cidinho foi levado à UTI e precisava do auxílio de aparelhos para respirar. Às 5h30 da sexta-feira dia 14 ele não resistiu e faleceu.