RIO – Dois homens chegaram, no início da noite desta sexta-feira, à Delegacia de Repressão a Crimes de Informática (DRCI), na Cidade da Polícia, na Zona Norte. Um deles é Lucas Perdomo, jogador do Boavista, suspeito de ter participado do estupro coletivo a uma menor de idade no Rio, no fim de semana. O outro rapaz entrou na delegacia sorridente, ascenando e fazendo sinal de positivo para a imprensa. Links_violência_mulher
Já a vítima do estupro permanece na delegacia. Ela ficou quase duas horas conversando com psicólogos. De acordo com a titular da Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (Decav), delegada Cristiana Bento, a adolescente ainda está muito abalada e enjoada devido aos coquetéis de remédios que precisou tomar. Ainda muito fragilizada, a jovem chorou durante o depoimento que prestou.
A jovem disse que um dos estupradores a procurou para pedir desculpas.
? Ele veio me pedir desculpas. Mas eu disse. Isso não tem perdão.
A mãe dela, que disse ser psicóloga, quer mudar com a família para outro estado e disse que vai manter sigilo. Ela contou que a filha tem um trauma não resolvido desde que o pai de seu filho, um homem que era traficante numa comunidade próxima, morreu.
O advogado do jogador, Eduardo Antunes, acionado pelo pai do rapaz disse mais cedo que seu cliente teria afirmado que só encontrou com a jovem 48 horas antes do estupro coletivo.
– Ele diz que tomou conhecimento do fato pela própria imprensa.
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