Cotidiano

Forças federais que vão ao ES têm só um terço do efetivo habitual da polícia na Grande Vitória

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VITÓRIA – A tentativa de as tropas federais darem segurança à população da Grande Vitória será feita, na melhor das hipóteses, com um terço do efetivo habitual da Polícia Militar, cujos oficiais estão aquartelados desde o último sábado, deixando as ruas sem policiamento. Em situação normal, o Comando de Polícia Ostensiva da região Metropolitana conta com 3.500 homens, que estão desde sábado aquartelados, sem trabalhar nas ruas de Vitória, Vila Velha, Serra e Cariacica. Quando todos os homens cedidos pelas Forças Armadas e pelo Ministério da Justiça chegarem à capital capixaba, o efetivo completo será de 1.200 oficiais. Isto só deve acontecer na próxima quarta-feira.
No fim da tarde de segunda-feira, 250 homens do Exército começaram a ocupar as ruas da região metropolitana. Pouco depois das 15h desta terça-feira, os primeiros 50 homens da Força Nacional de Segurança (FNS) se dirigiram a terminais rodoviários e centros comerciais das cidades da região. Ainda haverá o reforço de outros 150 da FNS e de outros 800 militares, entre Exército e fuzileiros navais da Marina.
Para o comandante do Comando de Polícia Ostensiva, embora distante do habitual, o reforço federal poderá devolver a sensação de segurança à cidade.
– Há o impacto, mesmo visual, das roupas camufladas das Forças Armadas, que ajuda nesta sensação de segurança. Estamos recebendo estes oficiais e até amanhã (quarta-feira) estão nas ruas, em regime de escala, claro, como também funciona a PM – disse o tente-coronel Alexandre Ramalho, comandante da Polícia Ostensiva.

Onda de violência em Vitória

A Justiça do Espírito Santo determinou nesta terça-feira que os policiais retornem ao trabalho de rua, num prazo que se esgotou às 16h12, mas por enquanto os PMs seguem nos quarteis. Em cada batalhão, manifestações das mulheres dos policiais têm bloqueado a saída de viaturas. O governo estadual entende que as mulheres estão agindo em acordo com seus maridos, e busca produzir provas de envolvimento de oficiais na paralisação. As associações de policiais do estado nega oficialmente o estado de greve – o que é proibido pelo Código Militar.

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