Cotidiano

Eleito, Greca promete pente-fino nas finanças

O prefeito eleito também anunciou para logo após o feriado desta quarta-feira a montagem de um escritório no Ippuc para cuidar da transição

Curitiba – Comprometidas pela combinação entre arrecadação aquém da expectativa e excesso de nomeações, as finanças serão a primeira grande preocupação de Rafael Greca (PMN) assim que reassumir o comando da Prefeitura de Curitiba, cargo que já exerceu entre 1993 e 1997.

“Vamos trabalhar dentro da realidade que vamos encontrar. Vamos rever as finanças da prefeitura. Tudo será feito de maneira criteriosa”, afirmou ele em entrevista ontem um dia após vencer Ney Leprevost (PSD) num segundo turno bastante equilibrado. “Podemos remanejar as propostas orçamentárias da secretária Eleonora Fruet. Nós vamos refazer as nossas prioridades”, reforçou.

Garantindo que “nosso partido será Curitiba”, Greca disse ter “a dimensão exata do peso da responsabilidade”, e também confirmou os compromissos de campanha de aumentar os investimentos em saúde e educação. “Quero fazer o passe escolar para os estudantes. É meu entendimento ouvir as professoras e governar com o colegiado dos diretores das escolas públicas municipais”, ressaltou.

O prefeito eleito também anunciou para logo após o feriado desta quarta-feira a montagem de um escritório no Ippuc para cuidar da transição.

DE VIRADA

Greca também reconheceu que precisou adotar uma campanha estratégica para assegurar a vitória. “Chegamos a aparecer 10 pontos atrás nas pesquisas do segundo turno, mas aí começamos a mostrar a verdade aos curitibanos”. Na eleição de domingo ele obteve 461.736 votos (53,25%), contra 405.315 (46,75%) de Leprevost. As abstenções ficaram em 20,12%, bem além do esperado. “São eleitores órfãos de antigas bandeiras que a Lava Jato pulverizou. São Pessoas desiludidas com a política”, resumiu Greca.

MARINGÁ E PONTA GROSSA

Nas duas outras cidades paranaenses que tiveram segundo turno domingo, as urnas confirmaram as pesquisas. Em Maringá, Ulisses Maia (PDT) derrotou o experiente Silvio Barros (PP), ex-prefeito e irmão do ministro da Saúde, Ricardo Barros.  O primeiro recebeu 118.635 votos (58,88%) e o segundo 82.868 votos (41,12%). Já em Ponta Grossa, o prefeito Marcelo Rangel (PPS) se reelegeu com 98.058 votos (55,38%), derrotando o deputado federal Aliel Machado (Rede), que obteve 79.008 votos (44,62%).