Cotidiano

Acordo que protege Unimed-Rio será avaliado pela ANS

59896599_ECO Rio de Janeiro RJ 15-07-2016 Pronto Atendimento da Unimed na Rua Siqueira Campos. Foto.jpegRIO – O acordo capitaneado pelo Ministério Público do Estado do Rio fechado em novembro de 2016 para garantir a continuidade do atendimento aos beneficiários da Unimed-Rio venceu nesta segunda-feira. O cumprimento dos termos desse acordo serão avaliados pelos próximos dez dias, portanto, até o 24 de março, como ficou decidido em reunião realizada entre o MP, a Defensoria Pública e a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Se a análise for positiva, será renovado por novos 90 dias.

Leia mais:

Teste seus conhecimentos sobre os planos de saúde

Plano popular de saúde prevê ao menos 50% de coparticipação

Nesses dez dias, o sistema Unimed deverá chegar a um consenso sobre os próximos passos previstos para o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC). Enquanto isso, os perto de 800 mil beneficiários da cooperativa de saúde seguem protegidos pelo acordo, ?não havendo risco de perderem a cobertura, independente do resultado da análise?.

Sob direção fiscal da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) há mais de dois anos e sob risco de ser liquidada, a Unimed-Rio trabalha para reequilibrar as finanças e manter suas operações. A situação da cooperativa se agravou em outubro, quando a ANS recomendou a venda da carteira de beneficiários em 30 dias

60 MESES DE DÍVIDA

Na época, fontes do setor informaram que a expectativa da agência reguladora era de que o Sistema Unimed apresentasse uma solução interna para atender os usuários da cooperativa, caso a recuperação não funcione. O TAC reuniu o MP, a operadora, ANS, entidades representativas de hospitais, clínicas, laboratórios clínicos e regionais do sistema Unimed. Prevê aporte mensal dos cooperados no valor de R$ 10 milhões. E também o refinanciamento em 60 meses das dívidas da cooperativa.

A empresa contratou o banco Santander como assistente financeiro para atuar na captação de interessados em adquirir ativos da operadora, como hospital e postos de atendimento, por exemplo, para reduzir o endividamento. Os médicos cooperados já colaboram com um desconto de 30% no pagamento de sua produção mensal para quitação de dívidas. Em assembleia realizada em dezembro de 2016, ficou decidido que essa contribuição subirá para 31% a partir do próximo mês de maio.