BRASÍLIA – O líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse que anuncia na tarde desta terça-feira o indicado do partido para comandar a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, que fará a sabatina de Alexandre de Moraes. Investigado na Lava-Jato, Renan elogiou a indicação do ex-ministro da Justiça para vaga no Supremo Tribunal Federal (STF).
Renan desistiu de ir ao almoço no Itamaraty para tentar fechar um acordo dentro da bancada do PMDB, que briga pelo comando da CCJ. Ele esteve com o presidente Michel Temer na noite desta segunda-feira. Os dois falaram sobre a necessidade de se resolver essa questão. O senador Edison Lobão (PMDB-MA) disputa com o senador Raimundo Lira (PMDB-MA), além de Marta Suplicy (PMDB-SP).
– O fundamental é que concluamos hoje essa negociação de modo a mandar ainda hoje para o plenário do Senado os nomes. Qualquer demora, alguns entenderão como delonga do Legislativo e esse não é o caso – disse Renan.
O senador disse que Alexandre de Moraes tem perfil para a vaga.
– Foi uma escolha do presidente da República e disse a ele que fez uma boa escolha. Alexandre reúne, do ponto de vista jurídico e pessoal, as melhores condições – disse Rena
Mas, já na eterna queda-de-braço de poder do Senado com o colega de partido Eunício de Oliveira, Renan disse que os prazos poderiam ser encurtados e a sabatina e votação ocorrerem no dia 15 ou 16. Pouco depois, o novo presidente do Senado deu o recado: será em até três semanas e não vai se atropelar os prazos. O nome de um indicado para o Supremo precisa ser aprovado por maioria absoluta dos senadores, ou seja, 41 dos 81. Tanto na CCJ como no plenário a votação é secreta.