A partir de junho de 2020 houve um aumento imprevisto no fluxo de caminhões em ambos os sentidos (Brasil e Paraguai) o que provocou o esgotamento da capacidade da infraestrutura instalada. Os acontecimentos levaram à formação de um gabinete de crise pela RFB (Receita Federal do Brasil), que com muito trabalho e criatividade engendrou diversas medidas que provocarão uma mudança de paradigma no relacionamento das aduanas de ambos os países.
No dia 26/11, a Alfândega da Receita Federal em Foz do Iguaçu sediou uma Reunião Bilateral Local entre Brasil e Paraguai convocada com o objetivo de aumentar a eficácia dos procedimentos e a interação e sinergia entre os pares aduaneiros.
A expansão do Porto Seco de Foz do Iguaçu é uma dessas medidas. Até fevereiro de 2021, a estimativa é de que a capacidade do Porto Seco de Foz do Iguaçu salte de 810 para 1.000 vagas, um aumento de 23% na capacidade de processamento de cargas. Esse incremento representa a capacidade de aumentar em cerca de R$ 4 bilhões (quatro bilhões de reais) ao ano a corrente de comércio na fronteira de Foz do Iguaçu.
O plano de ação da Receita Federal contempla, ainda, diversas outras medidas, entre elas: o aumento da capacidade de veículos no Porto Seco de Cascavel e no Porto de Santa Helena; viabilização da recepção de caminhões em fila dupla na Ponte Internacional da Amizade; ajuste do horário de cruze das exportações provenientes de Cascavel; realização das operações do MAPA nos recintos paraguaios; aumento dos horários de trabalho de ambas as aduanas; e redirecionamento de caminhões para a Aduana Paraguaia quando houver filas de caminhões na Ponte Internacional da Amizade.
Segundo o Delegado da Receita Federal em Foz do Iguaçu, o Auditor-fiscal Paulo Bini, algumas dessas ações já foram implementadas e apresentaram reflexos imediatos no primeiro dia de operação.