Cotidiano

Obama amplia sanções à Rússia

WASHINGTON ? O presidente Barack Obama publicou na tarde desta quinta-feira novas sanções contra a Rússia, motivadas pelos ciberataques ao partido Democrata que acabaram, segundo a Casa Branca, afetando as eleições de novembro. O governo americano afirmou que o governo russo teve parte nestes episódios de espionagem com o claro objetivo de influenciar os resultados das urnas que consagrou Donald Trump como novo presidente. 35 agentes da Inteligência Russa foram consideradas “personas non gratas” pelo governo americano e deverão sair do país em 72 horas.

“Todos os americanos devem se alarmar com as ações da Rússia. Em outubro, meu governo publicou a avaliação de que a Rússia tomou ações destinadas a interferir com o processo eleitoral nos EUA. Essas atividades de roubo de dados e divulgação só poderiam ter sido dirigidas pelos mais altos níveis do governo russo. Além disso, nossos diplomatas experimentaram um nível inaceitável de assédio em Moscou pelos serviços de segurança russos e pela polícia durante o último ano. Tais atividades têm consequências. Hoje, tenho ordenado uma série de ações em resposta”, escreveu Obama, no comunicado em que determina as sanções.

As medidas ampliam a tensão entre Washington e Moscou e entre democratas e republicanos: o presidente eleito, Donald Trump, é acusado de ser muito próximo do presidente Vladimir Putin e de ter se beneficiado dos ciberataques russos. Antes das sanções de Obama, Trump desconversou sobre as novas punições, dizendo que “deveríamos todos tocar as nossas vidas”.

Na nota, Obama ainda ameaça com mais sanções: “Além de responsabilizar a Rússia pelo que fez, os Estados Unidos e os seus amigos e aliados em todo o mundo devem trabalhar em conjunto para se oporem aos esforços da Rússia para minar as normas internacionais de comportamento estabelecidas e interferir com a governação democrática. A minha administração vai apresentar um relatório ao Congresso nos próximos dias sobre os esforços da Rússia para interferir nas nossas eleições, bem como atividades cibernéticas maliciosas relacionadas com o nosso ciclo eleitoral em eleições anteriores”. conclui a nota da Casa Branca.