Cotidiano

Lixo nas ruas entope bueiros e exige manutenção constante

A manutenção é constante, pois caso haja entupimento fatalmente ocorrerão alagamentos em dias de chuva forte

Roupas, latas e calçados a calotas de carro, brinquedos e rodas de bicicleta são encontrados em bueiros nos bairros

Tiago Boing/Assessoria-PMU
Roupas, latas e calçados a calotas de carro, brinquedos e rodas de bicicleta são encontrados em bueiros nos bairros Tiago Boing/Assessoria-PMU

Um dos serviços públicos que exige mais esforços da Prefeitura é desobstrução do sistema de drenagem pluvial, realizada pela Secretaria Municipal de Obras, Planejamento Urbano, Projetos Técnicos e Habitação. O trabalho garante o bom funcionamento de galerias, bueiros, caixas de ligação e poços de visita que captam a água das chuvas nas ruas e avenidas e a conduz até pontos adequados para o escoamento.

A manutenção é constante, pois caso haja entupimento fatalmente ocorrerão alagamentos em dias de chuva forte, um problema recorrente em Umuarama. Infelizmente, parte da população joga lixo nas ruas – em vez de procurar uma lixeira ou colocar para a coleta – e tudo acaba indo parar nas bocas de lobo e galerias pluviais.

Materiais resistentes, como garrafas pet, brinquedos, utensílios domésticos, roupas, calçados e pedaços de madeira retêm detritos menores e o acúmulo de resíduos bloqueia a passagem da água. Para a limpeza, além de equipe própria a Prefeitura contratou 1.500 horas-máquina de um prestador de serviços com equipamento mecânico para limpar bueiros e redes pluviais, por meio de licitação. Essas horas são utilizadas conforme as necessidades definidas pela Secretaria de Obras do município. “É um trabalho que nunca acaba”, afirma o prefeito Celso Pozzobom.

Segundo o prefeito, esse serviço consome recursos que poderiam ser empregados em outras áreas se a população fosse mais cuidadosa com o seu lixo. “A coleta diária de resíduos domésticos (lixo orgânico) e de materiais recicláveis cobre toda a cidade. A região central conta com dezenas de lixeiras instaladas nas principais vias públicas e os estabelecimentos comerciais também oferecem recipientes para o lixo produzido pelos clientes. Não tem porquê jogar garrafas, sacolas e outras embalagens na rua”, lamentou.

O problema é ainda maior nos bairros. Nesta semana, a empresa responsável pela limpeza de bueiros esteve no Conjunto Habitacional Sonho Meu e encontrou de tudo – desde roupas, latas e calçados a calotas de carro, brinquedos e rodas de bicicleta. “As garrafas pet são talvez o maior problema, pela grande quantidade que aparece na tubulação e nos bueiros. O povo pensa que bueiro é lixeira”, disse o chefe da divisão de pavimentação e reparos em vias públicas, Valdivino Manoel de Oliveira (Gerevine).

Também há muito isopor, marmitas e pedaços de madeiras, que formam uma espécie de ‘rolha’ na tubulação e seguram a areia, entupindo tudo. Com isso a água corre por cima do asfalto e provoca erosão, danos nas ruas e alagamentos, afetando os próprios moradores. A limpeza é feita com jatos d’água de alta pressão e sucção dos resíduos menores, já o lixo maior é recolhido manualmente. “O problema é que a situação não muda. Falta consciência da população e ainda tem o perigo da dengue, pois fica muita água parada em bueiros entupidos. Já temos quase 2 mil casos confirmados”, finalizou o prefeito Celso Pozzobom.