Apesar da crise, os paranaenses aumentaram suas economias nos últimos anos, segundo levantamento inédito do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico Social (Ipardes), com base nos dados do Banco Central. O saldo depositado na caderneta de poupança aumentou 81,85% entre janeiro de 2011 e janeiro desse ano, somando R$ 38,3 bilhões aplicados.
Em termos reais, já descontada a inflação medida pelo IPCA (índice de preços ao consumidor amplo) no período, o montante cresceu 21,9%.
“Isso reflete basicamente o aumento da renda. O acréscimo do rendimento do trabalho possibilitou que mais pessoas apostassem na caderneta de poupança como forma de aplicação financeira”, diz Julio Suzuki Júnior, diretor presidente do Ipardes. O saldo é resultado dos novos depósitos e da correção monetária no período.
O Estado tem seis municípios na lista das 100 cidades com maiores saldos de poupança no País. Curitiba é a quinta cidade com maior nível de poupança, atrás de São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Belo Horizonte. O saldo estava em R$ 12,8 bilhões em janeiro de 2017. Em seguida vem Londrina, com R$ 2,54 bilhões, Maringá (R$ 1,89 bilhão), Ponta Grossa (R$ 1,14 bilhão), Cascavel (R$ 1,01 bilhão) e São José dos Pinhais (R$ 932,8 milhões).
MAIS NO INTERIOR – Entre 2011 e 2017, o maior crescimento da poupança se deu no Interior. “Isso confirma a desconcentração da economia nos últimos anos”, diz Suzuki Júnior.
Entre 2011 e 2017, alguns municípios mais que dobraram o saldo de poupança, como é o caso de Toledo, com avanço de 109,5%, para R$ 437,8 milhões, Pato Branco, com 113,9%, alcançando R$ 385,3 milhões em janeiro de 2017 e Colombo, com evolução de 117,1%, para R$ 310,8 milhões, no mesmo período.
CRISE FREOU – Apesar do crescimento, a crise econômica e o desemprego frearam o avanço da poupança. Em relação a 2016, o Paraná registrou um crescimento de 1,5% no saldo.