Cotidiano

Hospital usa Pokémon Go para ajudar crianças doentes a saírem dos quartos

2.jpg

RIO – Pokémon fez sucesso no fim dos anos 90 e início dos 2000 por sua mecânica inovadora para jogos portáteis: tinha um mundo virtual grande que o jogador precisava andar e andar e andar para capturar todos os pokémons. O novo Pokémon é revolucionário ao trazer essas andanças para o mundo real: para andar no jogo, o jogador precisa andar e mover seu celular.

É nesse espírito de andar por aí que um hospital de Michigan, nos EUA, resolveu usar o jogo para fazer as crianças internadas saírem de seus quartos, o que pode ser muito difícil se elas se sentem desmotivadas e cansadas nos tratamentos.

Antes, as crianças do C.S. Mott Children?s Hospital, em Ann Arbor, andavam pelos corredores cabisbaixos, sem falar uns com os outros. Agora, é comum que parem e fiquem conversando próximo a uma pokéstop (as lojas virtuais do jogo, onde pegam itens)
Agora elas brincam umas com as outras, tiram fotos com os animais (na hora de capturá-los, o jogo os mostra no ambiente que a câmera do celular está vendo).

vídeo pokémons hospital

Segundo o gerente de mídia digital do hospital e especialista em estilo de vida de crianças J.J. Bouchard, graças ao jogo os pacientes estão se comunicando mais dentro do se comunicar mais dentro do hospital e a rotina mudou.

?É uma forma divertida de incentivar as crianças a se mexerem e andarem pelo hospital. O app está sendo capaz de tira-las da cama e saírem por aí”, disse ele ao jornal americano USA Today.

7.jpg

Jennifer Griggs, que está no hospital acompanhando seu filho Braylon, de 11 anos, que trata um tumor cerebral inoperável, baixou o app para ajudar a distrair o menino.

?Achei que seria bom tentar tirá-lo do quarto, porque é um pouco deprimente quando você fica no hospital por muito tempo?, disse ela.

4.jpg

Para os pacientes, o uso do jogo está sendo ótimo. Mas outros hospitais na região tem reclamado de visitantes que vão às instalações apenas para jogar. Bouchard disse que o hospital infantil está ciente de outros locais com problemas, mas que ainda não teve incidentes.

“Botamos avisos pedindo para que ninguém tire fotos de pacientes sem permissão ao pegar pokémons e até agora está tudo bem”, conta ele.