BRASÍLIA – O governo de Michel Temer está conversando com os estados, no bojo da renegociação das dívidas, que ocorreu na última segunda-feira, sobre as privatizações de empresas públicas estaduais, caso da Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae), do Rio.
O ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, afirmou que a venda de ativos não é uma contrapartida pela carência de seis meses dada pela União aos estados no pagamento das dívidas. No entanto, afirmou que as discussões estão sendo feitas caso a caso e que ao governo federal interessa que ocorram as privatizações.
Sim, há uma disposição do governo em aceitar esses ativos dentro das negociações, mas não há uma determinação para que esta ou aquela empresa seja privatizada. Caberá a cada governador decidir e a negociação poderia ser feita como forma de redução do estoque das dívidas afirmou Oliveira.
Em reunião nesta quarta-feira, o presidente interino Michel Temer, determinou a um grupo de ministros das áreas econômica e de infraestrutura que apresentem um conjunto de medidas direcionado à retomada da atividade econômica num prazo de 15 dias. As propostas são relacionadas.
Segundo Oliveira, a primeira etapa de redução e melhor qualidade no gasto público está em andamento com medidas de ajuste e com a proposta de emenda constitucional que estabelece um teto de gastos.
Em conjunto com a agenda de estabilização fiscal, daremos ao presidente um conjunto de propostas para retomar a atividade econômica. Essas medidas não devem trazer encargos e devem ser voltadas à instalação de investimentos, redução de custos de transação para o setor privado, abertura e melhora da regulação de mercados. O cunho é mais regulatório, de criação de regras estáveis e estabilizadoras, que permitam maior competição dos mercados, mas que tornem os investimentos mais seguros e as decisões econômicas mais previsíveis afirmou o ministro do Planejamento.