Não tendo aumento no número de internamentos com casos de covid-19, a Prefeitura de Toledo desativará o Hospital de Campanha montado no Instituto João Paulo II até o fim do mês. A decisão está amparada em parecer do Comitê Técnico de Saúde do Centro de Operações de Emergência (CTS/COE) encaminhado à Secretaria Municipal de Saúde, que já iniciou o processo de desmontagem da estrutura instalada.
Criado em março com o objetivo de complementar o suporte a pacientes suspeitos ou confirmados com o novo coronavírus que necessitassem de internamento (quadros leves ou moderados), o Hospital de Campanha dispunha, a princípio, de 23 quartos que poderiam atender 63 pacientes (com capacidade expansão para até 120, caso fosse preciso). Felizmente, a estrutura montada para o combate ao Sars-Cov-2 foi suficiente para atender a demanda, sem que fosse preciso colocar o hospital de campanha em ação.
Integram esta rede de atendimento exclusiva à Covid-19 as unidades de saúde específicas para pacientes com síndrome gripal, o Pronto Atendimento Municipal (PAM) Doutor Jorge Milton Nunes (que dedica 100% de seus leitos de enfermaria a pacientes com diagnóstico suspeito ou confirmado de Covid-19) e o Hospital Bom Jesus, que expandiu a unidade de tratamento intensivo (UTI) da ala Covid de 16 para 24 leitos na leitos no começo do mês.
Este entendimento é reforçado nos 11 tópicos listados pelo parecer CTS/CTE, o qual analisa diariamente a situação epidemiológica no Município. Os técnicos observam ainda que o fortalecimento das estruturas exclusivas da Covid-19 no Sistema Único de Saúde (SUS) na Macrorregional Oeste permitiu que a demanda fosse adequadamente atendida, afastando a possibilidade de colapso.
Alerta constante
O porta-voz do COE, o médico Fernando Pedroti, adverte que, apesar da expansão da doença causada pelo novo coronavírus não ter levado o sistema público de saúde ao limite, os cuidados adotados desde o início da pandemia – higienizar as mãos com água e sabão ou álcool em gel várias vezes ao dia, evitar aglomerações, arejar ambientes fechados, usar máscara corretamente (cobrindo boca e nariz), cobrir estes órgãos ao tossir ou espirrar – precisam ser mantidos. “Essa melhora é uma somatória do empenho dos profissionais de várias áreas envolvidos neste combate e da consciência das pessoas e empresas cuja imensa maioria adotou medidas que evitam a disseminação do Sars-Cov-2, as quais devem ser mantidas para impedir que este vírus de alta contagiosidade volte com mais intensidade”, alerta Pedrotti.