Brasília – Mais de 54 milhões de brasileiros em condições de tomar a dose de reforço ainda não o fizeram, segundo levantamento do Ministério da Saúde. Até o momento, 45,8 milhões de pessoas receberam essa dose adicional. As doses de reforço podem ser dadas quatro meses após a conclusão do ciclo vacinal. As pessoas devem consultar as secretarias municipais de saúde para se informar sobre os locais para aplicação.
Em entrevista ontem (10), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, destacou a importância da dose de reforço. “É fundamental avançar na dose de reforço. É isso o que vai fazer a diferença. O Brasil tem uma cobertura em torno de 30% de dose de reforço, índice que precisamos ampliar”, declarou. Na quarta-feira, o Ministério da Saúde anunciou a recomendação de uma quarta dose do imunizante para adolescentes com imunidade comprometida, situação chamada no jargão técnico de imunossupressão.
De acordo com o vacinômetro nacional, ontem o Brasil ultrapassou a marca de 370 milhões de doses de vacinas contra a covid-19 aplicadas. Desse total, foram 168,8 milhões de primeira dose e 153,9 milhões da segunda dose ou dose única.
Paraná recebe mais
A Secretaria de Estado da Saúde recebeu ontem mais 94.300 vacinas pediátricas da Pfizer e outras 16.356 vacinas para adolescentes e dose de reforço da população em geral, totalizando 110.656 imunizantes disponibilizados e já foram distribuídos para as 22 Regionais de Saúde do estado
Do total de vacinas da Pfizer, 65.900 são para início do esquema vacinal em crianças de 5 anos, 28.400 para crianças de 6 a 11 anos, 792 vacinas para primeira dose e 5.508 para segunda dose de adolescentes e 10.056 para dose de reforço da população em geral por solicitação dos municípios.
Segundo os dados do Vacinômetro, o Paraná já aplicou 20.733.508 vacinas contra a Covid-19, sendo 9.377.898 primeiras doses e 8.699.615 segundas doses ou doses únicas. O Estado registra ainda a aplicação de 205.136 doses adicionais, 2.626.598 doses de reforço e 221.190 doses do público infantil.
OCUPAÇÃO NA UTI
De acordo com mapeamento da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), nove unidades da federação e 15 capitais ultrapassaram o patamar de 80% de leitos de UTIs Covid do SUS ocupados no Sistema Único de Saúde (SUS). A análise da Fiocruz classifica como fora da zona de alerta os estados e capitais com menos de 60% dos leitos ocupados. Quando a taxa atinge 60% ou mais e fica abaixo dos 80%, o alerta é considerado intermediário. Acima de 80%, a situação é considerada de alerta crítico.
Os pesquisadores do Observatório Covid-19 da Fiocruz destacam a persistência de taxas de ocupação de leitos de UTI em níveis críticos nos estados e capitais do Nordeste e Centro-Oeste e no Espírito Santo. Já Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo parecem seguir na tendência de queda do indicador, avaliam.
As nove unidades da federação que apresentam pior situação são Tocantins (81%), Piauí (87%), Rio Grande do Norte (89%), Pernambuco (88%), Espírito Santo (87%), Mato Grosso do Sul (92%), Mato Grosso (81%), Goiás (80%) e Distrito Federal (99%). O Paraná não aparece no mapeamento de alerta da Fiocruz.
Casos e óbitos
No Paraná, na quinta-feira (10), mais 15.690 casos confirmados e 48 mortes em decorrência da infecção causada pelo novo coronavírus. Os dados acumulados do monitoramento da Covid-19 mostram que o Paraná soma 2.143.149 casos confirmados e 41.393 mortos pela doença. Os óbitos confirmados são de fevereiro (39) e janeiro (9) de 2022. De Acordo com a Secretaria de Estado da Saúde, dos 48 óbitos, são 25 mulheres e 23 homens, com idades que variam entre 0 e 92 anos.
No Brasil, segundo os números do Ministério da Saúde, ainda da noite de quarta-feira, o número de mortes em decorrência de complicações associadas à Covid-19 chegou a 635.074 no Brasil. Em 24 horas, o país registrou mais 1.264 óbitos. Também foram registrados mais 178.814 diagnósticos positivos, totalizando 26.955.434 casos.
Foto ABR