A Secretaria de Saúde de Cascavel já realizou 58.069 exames de covid-19 desde o início da pandemia, uma média de cerca de 200 exames por dia. Em outro cálculo, seria como se a cada grupo de 11 moradores dois tivessem feito o exame.
Do total, cerca de 60% foram para o Lacen (Laboratório Central) do Paraná, em Curitiba, e 40% foram realizados em Cascavel.
Segundo os dados do Notifica Covid/Banco de Covid do boletim semanal divulgado no dia 31 de dezembro, os pacientes da faixa etária de 30 a 39 anos representam o maior número de casos confirmados de covid-19 em Cascavel, ou seja, 3.804 (23,8%) dos casos positivos.
O Município classifica em dois tipos de casos de covid-19: os casos positivados por exame e os casos clínico-epidemiológico, que são de pessoas que tiveram contato com pacientes positivos para covid-19, desenvolveram sintomas, mas por algum motivo não foi feito o exame.
Do total de notificações, 25 pacientes se encaixam como casos clínico-epidemiológico.
Confira os casos positivos de covid-19*
IDADE PERCENTUAL N° DE CASOS
0 a 4 anos 1,38% 221
5 a 9 anos 1,17% 188
10 a 19 anos 5,37% 859
20 a 29 anos 22,53% 3.602
30 a 39 anos 23,79% 3.804
40 a 49 anos 19,50% 3.118
50 a 59 anos 14,21% 2.272
60 a 69 anos 7,15% 1.143
70 a 79 anos 3,47% 556
80 ou mais 1,38% 221
Total 100% 15.984
*Dados até 26/12/2020
Percentual de positivos
Considerando o total de exames realizados (58.069), apenas 27,5% pacientes receberam diagnóstico positivo. Também foram notificados dois pacientes com o vírus Metapneumo, 107 com o rinovírus, dois com o vírus Sincicial e um paciente teve tipo de vírus não especificado no boletim.
Cascavel está preparada para a 1ª fase da vacinação
As vacinas da Pfizer/Biontech e da Moderna, as únicas com aprovação de agências reguladoras de outros países e com possível aplicação imediata no Brasil, estão no radar do Ministério da Saúde. A aplicação imediata tem amparo na chamada Lei Covid (Lei Federal 13.979/2020), que tiveram seus efeitos postergados por meio de liminar do ministro Ricardo Lewandowski, do STF.
Segundo o próprio ministério, o governo está negociando com a Pfizer e analisa a possibilidade de compra da Moderna. Há ainda a possibilidade de aprovação pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) da vacina da Oxford/Astrazeneca, em parceria com a FioCruz, para a segunda quinzena de janeiro. Esta é a principal aposta do Brasil, mas há ainda a expectativa em torno da Coronavac, que está sendo desenvolvida em parceria com o Instituto Butantan, o que permitiria uma vacinação ampliada no Brasil.
Agora, as atenções se voltam para a logística da campanha de vacinação.
Cascavel, por meio do PMI (Programa Municipal de Imunização), possui larga experiência e sempre teve êxito em campanhas semelhantes, como no caso da Influenza, em que por várias vezes foi destaque nacional.
Seringas e agulhas
Embora costumem ser distribuídas pelo Ministério da Saúde e pela Secretaria de Estado aos municípios, seringas e agulhas necessárias passaram a ser uma preocupação, devido à grande demanda. “A Secretaria da Saúde de Cascavel possui atualmente 24.900 seringas de 1 e 3 ml em estoque na Central de Abastecimento Farmacêutico e Insumo [Cafi] e mais 98 mil seringas já empenhadas com saldo em ata de licitação vigente”, explica o secretário de Saúde, Thiago Stefanello.
Cascavel possui 104 mil agulhas em estoque na Cafi e 225 mil agulhas já empenhadas e com saldo em ata de licitação vigente. “São insumos mais do que necessários para a primeira etapa de vacinação, que deve, segundo o Plano Nacional de Imunização, iniciar prioritariamente por trabalhadores da saúde e idosos”, explica Stefanello.