Marechal Cândido Rondon – O vereador Nilson Hachmann, o filho dele e outras três pessoas foram presos ontem em operação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) em Marechal Cândido Rondon. As prisões preventivas foram decretadas em investigação por crimes contra a administração pública.
A investigação do Gaeco teve início em 2018 e aponta que o vereador era dono de empresas registradas em nomes de terceiros e que participavam de licitações no Município em diversos setores como pavimentação rural, prestação de serviços e transporte escolar.
Além das prisões, 20 mandados de busca e apreensão foram cumpridos em oito casas, nove empresas, um escritório de contabilidade, no setor de licitações da prefeitura e no gabinete do vereador na Câmara. Um mandado de suspensão do exercício do cargo contra uma servidora do Município também foi cumprido. O nome nem a função dela foram divulgados.
Quatro presos, entre eles o vereador e o filho, foram trazidos na tarde de ontem para a Cadeia Pública de Cascavel, onde permanecem à disposição da Justiça.
A Câmara de Vereadores emitiu nota informando que a operação foi direcionada somente ao vereador preso e que os contratos com suspeita de irregularidade foram firmados entre as empresas e a prefeitura e que nenhum envolve a Câmara.
Já sobre os mandados de busca, acrescenta que aconteceram apenas no gabinete do vereador. A nota diz ainda que Câmara se colocou à disposição para esclarecimentos.
Segundo preso
Esse já é o segundo vereador do Município preso este ano. Em fevereiro o vereador Adelar Neumann foi preso preventivamente acusado extorsão e tráfico de influência. Ele foi flagrado recebendo cerca de R$ 2 mil que seria a metade do salário de um servidor comissionado.
Neumann ficou preso na PEC (Penitenciária Estadual de Cascavel) e conseguiu a revogação da prisão preventiva. No fim de março ele foi solto, sob uso da tornozeleira eletrônica. Ele tem comparecido às sessões desde então utilizando o equipamento.