A terça-feira será um dia de mobilizações em defesa das universidades públicas do Paraná. Em todos os câmpus da Unioeste e no Hospital Universitário de Cascavel haverá panfletagem para a comunidade universitária ao longo do dia. No Câmpus de Cascavel, a panfletagem e o ato público em frente ao Restaurante Universitário estão agendados para as 9h40. No Câmpus de Marechal Candido Rondon, pela manhã haverá panfletagem para a comunidade interna e externa e às 20h30 ocorre um ato público em frente ao restaurante universitário.
As ações são em protesto ao Governo Beto Richa, classificado pelo sindicato dos servidores da Unioeste como “Destruidor das Universidades Públicas Paranaenses”.
Conforme boletim divulgado pelo sindicato dos servidores, desde 2015 as universidades públicas do Paraná têm sofrido inúmeros ataques do governo, que atingem as atividades de ensino, pesquisa, extensão e a assistência direta aos pacientes no Hospital Universitário.
Na Unioeste, por exemplo, há muitos anos não há concurso público para contratação de agentes universitários efetivos. Por falta de professores, em um dos cursos da Unioeste algumas disciplinas que deveriam ter sido ministradas integralmente no ano letivo passado serão concluídas apenas no primeiro semestre de 2018. Agora, os formandos de um dos cursos de graduação correm o risco de não se formarem por falta de professores da área para acompanhar o estágio curricular. No Hospital Universitário a assistência aos pacientes fica comprometida com a falta de servidores.
Conforme o boletim, em 2017 a Unioeste recebeu R$ 11,328 milhões para custeio das atividades de ensino: 44,6% menos que em 2014 (R$ 20,436 milhões). Para 2018, o governo estadual previu R$ 9,744 milhões, 52,3% menos que 2014.