Política

Relator diz que próxima reforma será mais dura

Rio de Janeiro – A próxima proposta de reforma da Previdência será mais dura que o texto atual, afirmou o deputado federal e relator da matéria, Arthur Maia, que participa do seminário "Reforma da Previdência, uma reflexão necessária", da FGV (Fundação Getúlio Vargas).

"A reforma que será feita não será a reforma do meu parecer. Será uma reforma mais dura e mais profunda", afirmou Maia a jornalistas, após a sua apresentação.

O governo anunciou oficialmente em fevereiro a suspensão da tramitação da reforma da Previdência no Congresso, depois de ter sustentado que continuaria trabalhando pela aprovação da proposta mesmo com a intervenção no Rio de Janeiro.

Segundo ele, o atual governo tem limitações políticas por ter assumido após um impeachment e por 2018 se tratar de um ano eleitoral. "Não adianta, nós não temos votos, tem os deputados contra, a favor e os que estão preocupados com a sua eleiçãozinha", criticou.

Na avaliação do parlamentar, a reforma deverá ser o primeiro tema que o próximo presidente da República deverá enfrentar e terá capital político suficiente para fazer a reforma até o fim. "Logo no começo do mandato o presidente terá capital político suficiente para fazer a reforma e, se eu for reeleito, vou apoiá-lo", finalizou.

Segundo Maia, o que realmente atrapalhou a aprovação foram as delações da JBS, que envolveram o presidente da República, Michel Temer.