Brasília – O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse ontem (18) que o governo não vai enviar uma nova PEC (Proposta de Emenda à Constituição) para a reforma tributária. O que se pretende, segundo ele, é incluir as sugestões do governo no texto que será elaborado por uma comissão especial, com a junção das PECs em tramitação na Câmara dos Deputados e no Senado.
Os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre, e da Câmara, Eduardo Maia, informaram que nesta quinta-feira (19) será criada a comissão mista, formada por 15 senadores e 15 deputados, para conciliar os dois textos em tramitação. A comissão vai funcionar durante o recesso parlamentar.
“É tolice mandar [para o Congresso] outra PEC para tumultuar o jogo. Temos nosso conteúdo, que já estava pronto para ser disparado”, explicou Guedes.
O ministro disse que a proposta do governo para a reforma tributária foi reconfigurada após a saída de Marcos Cintra da Secretaria da Receita Federal. Ele foi exonerado depois de defender a criação de um imposto semelhante à extinta CPMF (Contribuição Provisória Sobre Movimentação Financeira). Na época, o presidente Jair Bolsonaro descartou a criação da CPMF.