Alimentado por várias fontes de arrecadação, o Fundo Municipal de Meio Ambiente está de conta “cheia”. De acordo com a Secretaria de Meio Ambiente, R$ 1.318.491,32 está na conta do Fundo. Pouca coisa do dinheiro foi gasta neste ano. É que normalmente, segundo o secretário de Meio Ambiente Juarez Berté, essa é a “grana” usada para cobrir buracos.
“Esse é um dinheiro remanejado pra tudo. Manutenção de veículos, equipamentos, para pagar limpeza urbana, limpeza de fontes, o que tiver dentro da Secretaria pode ser pago”, afirma.
O Fundo é abastecido pelo dinheiro das multas aplicadas a proprietários de terrenos que não fazem a roçada e também por um repasse feito pela Sanepar. O contrato com o Município prevê que, ao mês, 1% do firmado seja depositado ao Fundo Municipal. O que gira em torno de R$ 100 mil por mês.
Investigação
O contrato com a Sanepar, firmado em 2004 e que vai até 2024, é investigado pelo Legislativo. Isso por conta de um dinheiro que foi depositado na gestão passada para compensar algumas limpezas e alguns serviços que não foram feitos pela empresa. O valor, de acordo com o vereador Celso Dal Molin, foi de R$ 6,5 milhões. Dinheiro que foi depositado em caixa geral e que ninguém sabe onde foi parar. “Fui até a gestão financeira, à Secretaria de Meio Ambiente e não encontrei notas a respeito do investimento desse dinheiro”, afirma.
O atual secretário de Meio Ambiente, Juarez Berté, confirma que não foram encontrados documentos da gestão passada e que a informação é de que o dinheiro foi transferido para outras secretarias. O Legislativo segue levantando documentos e deve encaminhar os relatórios ao Ministério Público.