Reportagem: Josimar Bagatoli
O desfalque no primeiro escalão do Paço Municipal deve ser grande para a campanha eleitoral em Cascavel. Grandes aliados do prefeito Leonaldo Paranhos (PSC) devem deixar as pastas para enfrentar as urnas. Até agora, existem cinco potenciais candidatos à Câmara de Vereadores e até para a prefeitura.
Com grande aceitação popular nos bairros, em breve o secretário Adelino Ribeiro deixa o comando da Secretaria de Serviços e Obras Públicas. Ainda está incerta a vaga pleiteada – de prefeito, vice ou vereador; nenhuma possibilidade está descartada, inclusive a de formar chapa com Paranhos na reeleição, pois o próprio prefeito está construindo o grupo e buscando um vice forte para disputar votos em uma das maiores e mais importantes cidades do Estado. “Conversei com o Paranhos. Quero sair do cargo para ser opção na eleição municipal. Que cargo ainda não sabemos”, explica Ribeiro, que até abril terá que pedir exoneração.
Filiado no PSC, ele também possui atuação regional. “Fiz 22 mil votos nas cidades vizinhas, que me ajudaram muito. Não posso ocupar cargo público. No momento não quero atrapalhar o projeto político, que está muito bem. Se serei candidato ou não, o tempo vai falar”.
Um dois mais recentes nomeados na atual gestão, Adani Triches, que assumiu em novembro a presidência da Cohavel (Companhia Habitacional de Cascavel), disponibilizou-se ao partido como opção para disputar vaga no Paço. Ele já esteve no pleito passado, quando formava chapa com Walter Parcianello, pelo MDB. Porém, o próprio Cidadania já teria firmado compromisso para a reeleição de Paranhos. “Houve essa decisão de apoio, mas estou pronto, caso assim entenda o partido. Hoje a tratativa é que eu não seja candidato pelo conjunto”, afirma Triches.
Na educação, a grande aprovação da categoria tem elevado a possibilidade de Marcia Baldini, secretária municipal, também angariar votos – se não a vereadora, como vice de Paranhos.
Outro que aparece bem cotado é Hudson Moreschi Júnior. Sua atuação à frente da Secretaria de Assistência Social seria o grande impulso para se lançar candidato a vereador, o que, segundo ele, depende “da decisão do grupo ligado ao prefeito”.
Quem já decidiu pela saída é o bombeiro Nei Haveroth, da Secretaria de Agricultura. Ele será candidato a vereador e logo se desligará da empresa pública. Haveroth já foi vereador pelo PSL e é primeiro suplente na atual legislatura. “Temos a intenção de colocar o nome para avaliação da sociedade e retornar ao Legislativo”, afirma Haveroth. “Nossa preocupação maior é a continuidade das ações. Na hora certa tomaremos as decisões e faremos tudo com base em um direcionamento do prefeito”, diz Haveroth, que em breve anuncia sua filiação ao Partido Verde.