Curitiba – O Paraná vai ampliar a proteção às mulheres com o lançamento do Botão do Pânico Virtual, que funcionará no aplicativo 190. Com a novidade, as mulheres com medidas de proteção poderão acionar a Polícia Militar pelo celular. A ferramenta será lançada nesta sexta-feira (12), às 14h, por videoconferência, no YouTube do TJPR (Tribunal de Justiça do Paraná).
O Botão do Pânico Virtual foi desenvolvido para dar mais proteção às mulheres vítimas de violência e que possuem medidas protetivas de urgência. O programa é uma parceria entre o TJPR, o governo do Estado (secretarias de Segurança Pública, da Justiça, Família e Trabalho, Celepar e Polícia Militar) e a Assembleia Legislativa, que aprovou as leis para embasar o projeto.
As mulheres que terão direito a usar o dispositivo não precisarão possuir créditos no telefone nem pacote de internet. Ele funcionará como ligação de emergência gratuita. A integração foi executada pela Celepar e o Tribunal de Justiça será responsável por determinar quem serão as mulheres que receberão acesso ao botão do pânico.
Denúncias de violência contra mulher embasam atuação das forças policiais
Desde dezembro de 2020 a ferramenta estava funcionando de forma experimental em Londrina, Fazenda Rio Grande, Ponta Grossa, Pinhais, Cascavel, Irati e Arapongas, como forma de avaliar a estrutura de atendimento e o funcionamento do sistema. Agora, a partir da validação, mais oito cidades passam a integrar o programa: Curitiba, Foz do Iguaçu, Maringá, Campo Largo, Matinhos, Apucarana, Paranaguá e Araucária. Serão 15 cidades atendidas nesta fase de implantação.
“Esta é mais uma ação do governo do Estado em parceria com o TJPR para garantir a segurança de mulheres que correm um imenso risco de sofrer feminicídio”, afirmou o secretário estadual da Família, Justiça e Trabalho, Ney Leprevost.
Segundo o chefe do Estado-Maior da PM, coronel Gelson Marcelo Jahnke, a medida possibilita que a mulher seja atendida de maneira prioritária e emergencial em 15 comarcas. “O botão do pânico permitirá que em três segundos seja aberta a ocorrência. Por 60 segundos o som ambiente será gravado e ele servirá de prova para um futuro processo criminal. O sistema, quando acionado, também oferece a correta localização da mulher através do GPS”, destacou.
Foto: SESP