MEU PRIMEIRO MANDATO: Soldado Jeferson, a persistência tem resultado

Cascavel – Dando continuidade à série de entrevistas “Meu Primeiro Mandato” com os vereadores de Cascavel que cumpriram em 2021 o seu primeiro ano de mandato, a reportagem do jornal O Paraná conversa hoje com o vereador Jeferson Cordeiro (PV), o Soldado Jeferson.

Jeferson é soldado da Polícia Militar do Paraná e em 2020 disputou a quinta eleição, na oportunidade ele fez 747 votos, contudo, ficou na suplência, pois o vereador mais votado do partido foi Nei Haveroth (PV). Entretanto, como Nei foi convidado pelo prefeito Paranhos para assumir a Secretaria de Meio Ambiente, Jeferson foi convocado pela Justiça Eleitoral para assumir o mandato.

Apesar de não ser a primeira vez que Jeferson assume um mandato na Câmara de Cascavel, é a primeira vez que o parlamentar cumpre um ano na cadeira, pois na legislatura passada ele também havia ficado na suplência e chegou a ocupar a vereança por quatro meses.

Da Polícia para a Política

Segundo Jeferson, o interesse pela política surgiu cedo e de uma forma ou outra ele sempre dividiu o trabalho da Corporação da Polícia Militar com serviços sociais, o que despertou o interesse do policial em disputar uma eleição. “Além do trabalho policial eu sempre fiz trabalhos sociais, gostava de participar, estar envolvido, resolver problemas nos bairros, essas coisas. A gente trabalhava em todos os bairros e acompanhava os problemas e buscava sempre resolver, tinha sempre esse ímpeto de resolver. Dali para a política teve um primo meu que foi candidato e eu dei uma força pra ele. Ele fez uma votação muito boa na região, mas acabou não se elegendo e acabou desistindo”, lembra.

E foi com apoio desse primo que o Soldado Jeferson encarou o desafio. “Ele disse que eu teria que ser candidato na próxima eleição e foi me preparando. Meu pai sempre foi muito político, então a gente tinha aquela visão, mas não o conhecimento de como era a política. Ai surgiu essa oportunidade, fomos e fizemos uma votação muito boa e por duas vezes passei dos 1.500 votos, mas acabei ficando fora pelo coeficiente eleitoral.”

Apesar dos infortúnios políticos nas eleições disputadas, Jeferson disse nunca ter desistido e apesar de muitas dificuldades, seguiu acreditando e mesmo com uma votação menor do que a esperada, conseguiu atingir o objetivo. “Minha vida é pautada nos conhecimentos que tenho na religiosidade. Sou um cara cristão, sempre acreditei muito em Deus. Nas outras campanhas fiz uma votação extraordinária e nessa com alguns problemas que tive na família e por conta de alguns imprevistos que tivemos, eu acabei fazendo uma votação bem abaixo do esperado. Mas, com 747 votos, fiquei primeiro suplente e tive a grata satisfação de assumir, já que o vereador eleito pelo partido, o Nei Haveroth, foi chamado pelo prefeito para assumir a Secretaria de Meio Ambiente.”

Trabalho na Câmara

Presidente da Comissão de Agricultura da Câmara de Cascavel, no tempo ocioso o vereador diz que sempre está à procura de projetos para apresentar em seu mandato. Além disso, o parlamentar disse que gosta de visitar os bairros de Cascavel para estar perto da população e conhecer as necessidades da comunidade. “Eu faço muitas visitas, quando a região é perto de casa, eu gosto de fazer de bicicleta, quando vejo um bueiro quebrado ou alguma coisa, já anoto na minha caderneta para depois fazer indicação para a Prefeitura arrumar. Converso com a população que muitas vezes passam situações que precisam de solução.”

Para Jeferson, o trabalho do vereador é estar perto da população não somente em época de eleição. “O vereador tem que pôr a cara para bater, porque na hora que você vai buscar o voto, sempre tem a cobrança que o parlamentar some, mas eu não, eu gosto de estar sempre perante a sociedade, se tiver que cobrar alguma coisa ou me falar, eu gosto de ouvir da pessoa.”

No ano passado, o vereador Jeferson realizou 136 preposições legislativas na Câmara de Cascavel. Entre as preposições realizadas pelo representante no primeiro ano de mandato estão projetos de Lei Ordinária, projetos de Resoluções, requerimentos, projetos de Decreto Legislativo, Moções, Indicações e projetos de Emendas à Lei Ordinária. “Teve trabalho documental, teve trabalho político e teve trabalho prático no primeiro ano, a gente conseguiu fazer uma mescla de tudo. Eu faço poucos projetos, mas são projetos que trazem efeito para o Município. As homenagens, por exemplo, não estou criticando, mas eu sou uma pessoa que não gosta muito de fazer projetos de homenagens, às vezes o pessoal pede para gente, eu assino junto, mas eu propor uma homenagem é muito raro, não que as pessoas não mereçam, mas eu não tenho essa habilidade de estar toda hora homenageando.”