Cascavel – Depois de 50 dias de manifestações em todo o país, grupos de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) continuam em frente às unidades do Exército Brasileiro mantendo a esperança de que ocorra altum tipo de intervenção que impeça a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), conforme o resultado apurado nas urnas no dia 30 de outubro. Neste fim de semana, todos os movimentos reforçaram os pedidos de apoio, já que ontem (19) foi o último dia de diplomação dos eleitos em diversos cargos em todo o Brasil.
A reportagem do Jornal O Paraná conversou com pessoas que estão participando ativamente das manifestações em Cascavel, mas que preferiram não se identificar. Para eles, o movimento continua com o mesmo propósito do início, pedindo que o Exército Brasileiro assuma o governo, que o presidente eleito não assuma a Presidência da República e que não permanecer em frente aos batalhões. “Estamos fortalecidos e não vamos deixar o nosso movimento que tem um propósito e que esperamos que seja atendido”, disse um dos manifestantes.
Segundo ele, em Cascavel, em frente ao 33º Batalhão de Infantaria Motorizada existem cerca de 200 barracas instaladas com pessoas da toda a região, não apenas da cidade e, pelo menos quatro vezes ao dia, eles cantam o hino nacional e desfilam com a bandeira como forma de exercer e expressão o civismo. Durante todo o dia, ocorre um rodízio de pessoas no local que ajudam na organização e nos serviços diários, para manter a organização do grupo.
Os manifestantes montaram um verdadeiro QG no local, com cozinha para o preparo de alimentos e todos os dias, existe o auxílio de pessoas que, voluntariamente, levam alimentos e água aos manifestantes. No local, tem pessoas de todas as idades e para o outro manifestante, o grupo acabou de tornando uma grande família. “Aqui reencontramos amigos, curamos doenças e temos uma energia muito positiva. Todos que vem aqui são bem recepcionados e fazemos questão disso”, disse ele.
Além disso, destacou, o fato da professora que tentou atropelar manifestantes que estavam no local, no último dia 1, não deixou nenhuma pessoa intimidada, mas que eles continuam atentos a esse tipo de situação que foi lamentável. “Temos pessoas aqui que estão se curando e cada vez mais unidas. É muito bonito o que estamos vivendo nesse local e eu mesmo venho pelo menos duas vezes ao dia aqui porque para mim virou uma rotina”, disse o entrevistado.
Foz do Iguaçu
Neste fim de semana um grande grupo de manifestantes também esteve em frente da sede do Exército em Foz do Iguaçu, que fica bem no centro da cidade, na República Argentina esquina com a Avenida Brasil. Vestidos de verde e amarelo e com bandeiras do Brasil, um grande número de pessoas ficou durante todo o fim de semana marcando presença no local.
Assim como em Cascavel, eles usam carro de som e se manifestam a favor do atual presidente Jair Bolsonaro. Na fronteira os manifestantes cantam o hino, usam palavras de ordem e não bloqueiam as ruas. Existem rumores de que na fronteira um empresário teria sido preso pela Polícia Federal, devido ao apoio a manifestação, mas nenhuma informação oficial por parte da Polícia Federal foi confirmada.
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