O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux disse hoje (17), ao participar do seminário A Magistratura que Queremos, na Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro (Emerj), que juízes devem ser “olimpicamente independentes”.
Fux citou o Projeto Florença que liderou o movimento de acesso à Justiça no final da década de 1970, coordenado pelo jurista italiano Mauro Cappelletti e com a participação de diversos países e de pesquisadores de vários campos do conhecimento.
“A Justiça é a ponte por onde passam todas as misérias e todas as aberrações. Nós, juízes, devemos ser, em primeiro lugar, independentes. Olimpicamente independentes. Temos que deter, por dever de ofício, um conhecimento enciclopédico, uma nobreza de caráter e, acima de tudo, temos a arte de fazer a justiça caridosa, uma caridade justa”.
Durante sua palestra, citando juristas internacionais, o ministro afirmou ainda que uma das funções da Justiça é ser acessível a todos. “A essência primária do acesso à Justiça é exatamente tornar acessível à Justiça as pessoas pobres”, movidas por solidariedade ética.