Curitiba – Representantes do governo do Estado se reuniram nessa quarta-feira (29) com os deputados da base de apoio para apresentar a primeira versão do Banco de Projetos, que vai destinar R$ 375 milhões para licitar projetos executivos de grandes obras estruturais em todas as regiões do Estado. A definição das obras prioritárias está sendo feita por uma força-tarefa do Executivo com contribuição da Assembleia Legislativa.
O resultado do trabalho conjunto será anunciado no fim de junho pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior. “O Banco de Projetos contempla obras estruturais, rodovias importantes, hospitais, ferrovias, aeroportos, que vão orientar o Paraná para o futuro”, definiu o chefe da Casa Civil, Guto Silva.
Com ele, os secretários da Infraestrutura e Logística, Sandro Alex, e do Planejamento e Projetos Estruturantes, Valdemar Bernardo Jorge, apresentaram à bancada mapas com as obras rodoviárias previstas, que receberam indicação dos deputados.
Essa primeira versão inclui 100 sugestões do Legislativo que ainda não haviam sido elencadas pelo governo. Mais demandas poderão ser encaminhadas até a próxima sexta-feira, quando começa o trabalho de alinhamento, definição de prazos e redação dos editais. “Em dez dias entregaremos aos deputados portfólios detalhados por região, tanto das obras rodoviárias como de outras obras estruturais importantes, para que eles validem e nos ajudem a definir as prioridades dentro dessas obras que já são prioritárias. A ideia é que no final de junho os deputados possam levar as informações dos projetos que serão realizados para suas bases”, explicou Guto Silva.
Unidade
Para garantir celeridade ao processo, diversas estruturas do governo foram envolvidas. Segundo o secretário de Planejamento, foi preciso criar um grupo de trabalho com profissionais de várias secretarias e também professores, mestres e doutores das universidades estaduais para o Estado dar conta da redação de tantos editais. “É um grande esforço do governo para colocar isso em pé. Nós temos unidade e estamos demonstrando isso com a realização desse banco de projetos”.
O projeto executivo representa cerca de 5% do valor total da obra e é condição fundamental para que ela seja realizada com sucesso. O objetivo, afirmou Bernardo Jorge, é que a licitação dos projetos comece a ser feita este ano e que algumas obras possam ser iniciadas já no próximo ano, seja com recursos do próprio Estado ou em parceria com a iniciativa privada.
Anel de Integração
Até mesmo as rodovias que estão sendo negociadas com a União para serem incluídas no pacote de concessões federal terão trechos contemplados no banco de projetos para atender problemas urgentes. Nesse caso, o investimento feito pelo governo do Estado em projetos e em obras vai ajudar a baixar as tarifas de pedágio, que já deverão ser no mínimo 50% menores do que as praticadas hoje no Paraná. “Estamos redesenhando o Anel de Integração, que vai passar de 2.600 quilômetros para 4.100 quilômetros,” disse o secretário de Infraestrutura e Logística, Sandro Alex, acrescentando que antes da entrega das rodovias estaduais ao governo federal a proposta será debatida em audiência pública.
Se aprovada, além dos 2.500 quilômetros do Anel de Integração, a União licitará também a concessão das PRs 323, no Noroeste do Estado, 280, corredor do Sudoeste, e 092, no Norte Pioneiro, a BR-153, conhecida como Transbrasiliana, e os contornos de Londrina, Ponta Grossa e Cascavel.