Curitiba – A governadora Cida Borghetti determinou ontem a correção dos termos do edital aberto pela Polícia Militar do Paraná para o concurso do curso de oficiais da corporação.
A governadora ressaltou que não admite qualquer postura discriminatória nos atos das instituições de Estado e destacou o fato de ter escolhido uma mulher, a coronel Audilene, para o comando-geral da Polícia Militar.
A polêmica no edital aparece no anexo II, referente ao curso para cadetes, onde consta que todos os candidatos tenham um grau "regular" de "masculinidade". A habilidade, avaliada no "Perfil Profissiográfico – Avaliação Psicológica", determina que "o indivíduo não pode se impressionar com cenas violentas", deve "suportar vulgaridades", não se "emocionar facilmente" e tampouco "demonstrar interesse em histórias românticas e amor".
A Aliança Nacional LGTBI (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais, Travestis e Intersexuais e o Grupo Dignidade) publicou nota de repúdio ao edital, classificando-o de preconceituoso e que fere a Declaração Universal de Direitos Humanos e a Constituição Federal Brasileira. Pede ainda a revogação do edital.
O concurso aberto pela polícia é para 16 vagas de cadetes, sujeito a diversos testes teóricos, físicos e psicológicos.