Vingança
Menos de um mês após a demissão do médico Rodrigo Nicácio do Consamu (Consórcio Intermunicipal de Saúde do Oeste), os mais inconformados insistem em saber as razões e o que pode ser feito para resolver a situação. O que se sabe é que Guaíra teve total influência na decisão. O prefeito Heraldo Trento (DEM) pediu a cabeça do médico ao prefeito de Palotina, Juceniz Stentzler (PSC), que preside o Consócio. O motivo seria o vazamento de denúncias pelo Ministério Público contra o médico Paulo Marcelino Andreolli Gonçalvez, o “médico faz tudo” que ganhou bom espaço no programa Fantástico, da TV Globo, acusado de uma série de erros médicos. Rodrigo Nicácio participou da reportagem criticando os métodos usados pelo colega, afastado do hospital contratado pela Prefeitura de Guaíra.
E agora?
Os prefeitos em questão tomaram a decisão que impacta diretamente no orçamento da Prefeitura de Cascavel: chegou a hora de quitar o acerto trabalhista com Rodrigo Nicácio e com o técnico administrativo José Peixoto. É que Cascavel banca mais da metade do consórcio e o caixa do Município não anda na sua melhor fase para resolver a pendência que promete ser salgada. Aceitar voltar ao cargo não é cogitado pelos demitidos. Ou seja: a inconsequência vai custar caro para Cascavel. Isso sem contar o bom serviço que Rodrigo dispensava à cidade.
Cettrans do futuro
Embora seja a hipótese mais defendida, a transformação da Cettrans em autarquia não é a única possibilidade. A prefeitura não descarta que ela seja transformada em uma secretaria municipal (ou departamento). Entre os participantes da reunião ontem estavam Pedro Sampaio, Sebastião Madril e Fernando Hallberg, que querem analisar melhor antes de se posicionar.
Sem forças
O resultado da limitação de requerimentos por parlamentar imposta pelo novo Regimento Interno começa a ser sentido pelos vereadores, que estão com dificuldades para obter informações em Cascavel. Celso Dal Molin (PR) usou a tribuna para reclamar da situação. Sem mais “cota” de requerimento, ele tem enviado ofícios que são ignorados. Por mês, cada vereador pode protocolar apenas dez requerimentos.
Avisado foram
Quando alertou que a Câmara estava se boicotando, Paulo Porto (PCdoB) foi ignorado pela “patrola” da base – incluindo Dal Molin, que embora não se intitule nem base nem oposição, aceitou a restrição.
Não passou
Sidnei Mazzuti (PSL) viu ser enterrada proposta que estipulava a contratação de jovens, adolescentes e idosos por empresas com mais de 100 funcionários. O parecer contrário à medida enviado pela Comissão de Justiça considerou que tal decisão não cabe ao Legislativo.