Com uma carga tributária de primeiro mundo, a maior na América Latina e a 15ª do planeta, com cerca de um terço do PIB, a aplicação desses impostos ainda é uma história muito mal contada.
Em sua oitava edição, estudo do Irbes (Índice de Retorno de Bem-Estar à Sociedade) revela que o Brasil precisa melhorar e muito a qualidade de vida da população com relação à aplicação de recursos públicos.
Criado pelo IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação), que há 25 anos estuda tributos e arrecadação, o Irbes tenta medir a correlação entre a carga tributária sobre o PIB e o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano). A análise não é nada boa desde 2011.
Dos 30 países analisados com as maiores cargas tributárias, o Brasil está sempre no fim da lista, perdendo para Uruguai (10º) e Argentina (18º). Na ponta, Irlanda, Estados Unidos e Suíça.
Mas como o Brasil consegue aplicar tão mal tanto dinheiro? Temos um dos melhores projetos de saúde pública do mundo, mas mal organizado, mal valorizado e alvo constante de fraudes e desvios. Gastam muito para fazer pouco várias vezes. Na educação, uma inversão de valores: gastam o mínimo na educação básica e fundamental e subsidiam o ensino superior até para quem teria condições de pagá-lo.
É possível fazer mais com menos, embora hoje poderia fazer muito mais com a mesma quantia. Basta repensar as políticas públicas, a legislação e o modo de condução da administração pública, incluindo o interesse social, o crescimento da economia e o desenvolvimento humano. Ou seja, falta uma gestão eficiente, comprometida e interessada em resolver os problemas e construir uma nação forte.
O estudo completo está disponível no site oficial do IBPT http://www.ibpt.com.br.