Lá se foram 20 anos dos famigerados contratos de pedágio que surpreenderam a população paranaense. Duas décadas de investimentos esperados e não realizados, de tarifas absurdas, de editais secretos, de contas que nunca bateram. Após tudo isso, o assunto pedágio virou motivo de escárnio e revolta, de temor de renovação ou de novos contratos ainda mais nocivos. O que a população, e o setor produtivo, mais querem, é se ver livres desses grilhões que sangraram os cofres privados e devolver o abacaxi ao governo federal.
Contudo, a três anos do fim da atual concessão, uma mudança fundamental de visão surge: deixar de ser coadjuvante e passar a ser protagonista.
Quem lançou essa primeira ideia foi a própria governadora Cida Borghetti, ao ratificar o fim dos contratos, garantir que não haveria renovação e que o Estado quer tomar a frente de um novo modelo de concessão, que garanta aquilo que nos foi prometido lá atrás: mais investimentos e tarifa justa.
Agora, outra frente começa a se movimentar nesse sentido. Líderes da sociedade organizada defendem que a região tome a frente e participe ativamente do processo, inclusive como uma das concorrentes. Oras, quem melhor para saber das demandas regionais que quem vive e trabalha na região? São recursos que ficam na economia local e são revertidos aos próprios investidores. Todos têm a ganhar.
É uma nova visão de envolvimento que pode render inúmeros benefícios para todos.
Se confirmados os investimentos na construção do Aeroporto Regional do Oeste, a ampliação da Ferroeste e a duplicação de trechos relevantes das rodovias com tarifas de pedágio mais justas, a região dará o tão sonhado salto que há décadas ensaia.