Devido à falta de testemunhas, o empresário e ex-secretário de Desenvolvimento Econômico Luciano Fabian e o ex-vereador João Paulo de Lima deixaram ontem a 4ª Vara Criminal de Cascavel sem prestar depoimentos sobre denúncia de crime de corrupção ativa e passiva. Uma nova audiência será marcada para agosto, quando será ouvido um policial militar convocado pela defesa de João Paulo – o servidor público está em trabalho em Foz e não pôde comparecer.
Fabian deixou o Fórum sem falar com os jornalistas e João Paulo reforçou sua inocência: “Estamos desenrolando esse embaraço. Vou provar minha inocência”.
Já se passaram quatro anos da denúncia que tem como base um vídeo gravado em 2013 que mostra um suposto pagamento de propina de Fabian para Lima. Na gravação há a entrega de certa quantia e um pedido de apoio ao governo do ex-prefeito Edgar Bueno (PDT). João Paulo alega que o dinheiro que aparece na gravação é pagamento de um empréstimo.
O processo está na fase de instrução. Foram ouvidas seis testemunhas de defesa e apenas uma de acusação. Após solicitação de novas diligências, o processo entra na fase final e depois é dada a sentença. “Temos total convicção da inocência de João Paulo e até esperamos um pedido de absolvição por parte do MP [Ministério Público]. Não há provas que sustentem a acusação”, afirma o advogado Julio Morbach.
João Paulo teve participação em dois momentos polêmicos naquela legislatura: na absolvição de Paulo Bebber (PR) na CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) sobre o recebimento de propina para autorizar o Conjunto Rivieira e no relatório final da CPI das Pedras, que apurava o desvio de pedras da BR-163.
Reportagem: Josimar Bagatoli