Brasília – Candidato à reeleição pelo PL, o presidente Jair Bolsonaro disse ontem (18) que a nova composição do Congresso Nacional, a partir do ano que vem, beneficiará a aprovação de medidas de interesse de seu governo, caso seja reeleito. Segundo ele, deputados e senadores eleitos são mais alinhados a pautas da centro-direita, que, em geral, apoiam a democracia liberal e a economia de mercado, por exemplo.
“Temos um novo Parlamento, muito mais para a centro-direta. O terreiro está asfaltado, está tudo pronto nesse casamento do Executivo com o Legislativo, para aprovarmos coisas de interesse da nossa pátria”, disse.
Bolsonaro esteve, na manhã de terça-feira, em São Gonçalo, na região metropolitana do Rio de Janeiro, em evento com o governador do estado, Cláudio Castro, e lideranças da região que apoiam sua candidatura. “O que nós queremos e faremos juntos é, cada vez mais, ter um povo livre e independente, um Brasil cada vez melhor na sua economia”, acrescentou.
À tarde, Bolsonaro cumpriu agenda em Juiz de Fora e Montes Claros, em Minas Gerais.
Lula
O candidato do PT à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva, disse ontem (18) que acredita que a necessidade de recursos para saúde e educação será uma das principais discussões do ano que vem. Segundo ele, a lei que limitou as alíquotas do ICMS que incidem sobre os combustíveis vai impactar as receitas dos governos estaduais que seriam destinadas a essas áreas. “A discussão do ano que vem será mais dinheiro para a saúde e para a educação”, disse em um encontro virtual com comunicadores para discutir estratégias da campanha eleitoral.
Lula disse ainda que pretende fazer uma aliança com diversos campos políticos para combater a expansão da extrema-direita no Brasil. “Eu espero que a gente consiga organizar as forças democráticas desse país para a gente enfrentar o negacionismo, a barbárie e o fascismo que tenta se implantar neste país e em outros países no mundo”, destacou.
Foto: Reprodução/Facebook
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TCU: 249 seções eleitorais do Paraná serão auditadas
Curitiba – O TCU (Tribunal de Contas da União) vai auditar os BU (Boletins de Urna) de 249 seções eleitorais do TRE-PR (Tribunal Regional Eleitoral do Paraná). As urnas foram sorteadas aleatoriamente pelo órgão. A avaliação vai comparar os boletins recolhidos com a totalização, referente ao primeiro turno, divulgada na internet. As seções pertencem a 150 zonas eleitorais do Paraná (80,64% das zonas eleitorais do estado) e abrangem 141 municípios. Só em Curitiba, 39 boletins vão participar da auditoria.
A Secretaria de Planejamento e Logística de Eleições e de Inovação do TRE-PR definiu seis cidades polos para a realização de reuniões presenciais e transporte dos boletins até a capital. Além de Curitiba, Guarapuava, Ponta Grossa, Londrina, Umuarama e Cascavel funcionaram como polos de distribuição dos relatórios.
Um servidor de cada polo teve a atribuição de receber os boletins das zonas eleitorais da região a trazê-los até a sede do TRE-PR, em Curitiba. Todos os boletins recolhidos foram entregues ao TRE-PR na quarta-feira (12) e transmitidos pessoalmente ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nesta sexta-feira (14).
A entrega em Brasília foi realizada pelo secretário de Orçamento, Finanças e Contabilidade do TRE-PR, Helton Jose Sanches, e pelo servidor da Seção de Auditoria da Gestão e da Governança Bruno Roriz Macedo, ontem (18). Agora, o TSE passará os boletins para o Tribunal de Contas da União, o que deve ocorrer até o dia 20 de outubro.
Todo país
Em todo o Brasil, das 4.577 seções sorteadas, cerca de 970 estão localizadas em capitais e dez no exterior. A meta mínima de conferência é de 4.161 boletins. A amostra tem grau estatístico de confiabilidade de 99% e margem de erro de 2%, além de considerar a variância de 50%. Os parâmetros foram estabelecidos pela equipe de auditoria do Tribunal de Contas da União considerando critérios de risco.
O objetivo é garantir a confiabilidade das informações repassadas pelas instituições públicas à sociedade. O Tribunal de Contas da União iniciou em 2012 a auditoria sistemática da votação eletrônica brasileira. A relatoria está a cargo do ministro Bruno Dantas, presidente em exercício, e o prazo estimado para a conclusão é março de 2023.