Foz do Iguaçu – Só com o início da mudança do centro de comando brasileiro de Itaipu para Foz do Iguaçu, antes concentrado em Curitiba, a redução no gasto com passagens aéreas para deslocamento de empregados chega a 45% em relação ao mesmo período do ano passado. Essa economia, de aproximadamente R$ 1 milhão, poderá ser utilizada pela empresa para cobrir custos mais importantes.
A informação foi repassada pelo diretor-geral brasileiro de Itaipu, general Joaquim Silva e Luna, na primeira de uma série de pequenas coletivas à imprensa de Foz do Iguaçu, nessa terça-feira (9), no Centro Executivo de Itaipu.
Silva e Luna é o primeiro diretor-geral brasileiro a residir em Foz do Iguaçu durante o exercício do cargo. “Fiquei surpreso com a cidade, que tem estrutura para ser uma capital. Vim por dever de ofício, mas com certeza escolheria a cidade para morar”.
O diretor informou que o Escritório de Itaipu em Curitiba não será extinto, apenas passará por uma reformulação, já que muitos dos projetos e ações da empresa são desenvolvidos em Foz. “Portanto, é natural que haja uma migração de empregados para o chamado centro de gravidade da empresa”, disse. E acrescentou: “Tudo será feito com base em estudos criteriosos”.
Projetos em andamento
Silva e Luna reforçou que Itaipu vai continuar a investir em projetos estruturantes para o Município e que nenhuma ação importante, com aderência à missão da usina, será interrompida. Ele citou como exemplos projetos em andamento como o Mercado Municipal e a ciclovia da Vila A, além do repasse de recursos ao Hospital Ministro Costa Cavancanti. “Temos que ampliar a qualidade do recurso investido para ter a melhor cidade para se morar, sem precisar se deslocar para grandes centros. Afinal, vivemos aqui”, justificou.
Outros assuntos foram abordados no encontro com os jornalistas, como o grupo de estudos criado na Itaipu para subsidiar a negociação da tarifa de energia por um prazo mais longo, para trazer segurança orçamentária à empresa. Nesta quinta-feira (11), está prevista uma reunião entre as chancelarias do Brasil e do Paraguai para tratar do tema.
Unila, PTI e ponte
Sobre a Unila (Universidade Federal da Integração Latino-Americana), o diretor-geral brasileiro também adiantou que está avaliando com o MEC (Ministério da Educação) a melhor forma de resolver o problema dos “esqueletos”, as estruturas físicas inacabadas da universidade.
Já em relação ao PTI (Parque Tecnológico Itaipu), ele afirmou que haverá uma readequação da estrutura, com foco principalmente em soluções tecnológicas para atender a projetos de produção de energia da usina.
Silva e Luna informou ainda que a documentação da segunda ponte entre o Brasil e o Paraguai, prevista para ser concluída em 26 de abril, quando o Tratado de Itaipu completa 46 anos, já está pronta para ser entregue ao Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura Terrestre). A gestão da obra será feita pelo governo do Paraná e o dinheiro previsto para custear a construção já está empenhado.
Por fim, o diretor-geral brasileiro lembrou que os dois maiores bens da Itaipu são “sua gente e sua água”.