Ibema – Retrógado, o Brasil é um dos poucos países no mundo ocidental que ainda não resolveram a situação dos servidores públicos que, ao longo das décadas, acumulam inúmeros diferenciais em comparação com os trabalhadores da iniciativa privada. Além de salários em média quatro vezes maior que dos profissionais da rede privada, o funcionalismo público tem outra prerrogativa, a estabilidade, criada para evitar a insegurança diante da troca de governos.
Contudo, o prefeito de Ibema, Adelar Arrosi, alerta para a dificuldade de trabalhar diante dessas regras, que dificultam ajustes na máquina pública. “Criou-se um verdadeiro cipoal de leis que ‘protegem o funcionário público’, desaguando em ineficiência laboral e acomodação, explicita uma desigualdade em relação à iniciativa provada. O que dificulta a dispensa mesmo para casos nos quais ela se justifica plenamente. Os bons não precisam desse tipo de mecanismo, porque a garantia de sua continuidade no emprego está associada à sua competência e à forma com a qual desempenham as suas obrigações. A estabilidade é, na maioria das vezes, empregada pelos servidores que não querem desempenhar suas atribuições a contento. Assim, mesmo deixando a desejar, garantem sua permanência no cargo e seu salário mensal devido à estabilidade”, critica.
Em 16 meses de governo, embora recebendo queixas, a gestão de Adelar Arrosi conseguiu, por meio de processo administrativo, exonerar apenas dois servidores. “A proteção exagerada criada por inúmeros governos populistas e sacanas, em âmbito nacional, criou um enorme desafio ao País e consequentemente aos estados e aos municípios”, acrescenta.
Para modernizar o País, Adelar diz que é fundamental acabar com a estabilidade no serviço público justamente para que o critério que passe a valer seja o da meritocracia.