Policial

Sindicato estima que três mil caixas tenham sido desativados

À medida que cresce o número de explosões, diminui a quantidade de aparelhos

Cascavel – Cada vez mais comuns em pequenas cidades, os ataques de caixas eletrônicos, além de assustar moradores, deixam prejuízos a bancos, empresários e população, que acabam por ficar sem postos de autoatendimento. À medida que cresce o número de explosões e arrombamentos, diminui a quantidade de aparelhos disponíveis.

A reportagem de O Paraná solicitou ao Sindicato dos Vigilantes de Curitiba e Região um relatório com o número de ataques a caixas eletrônicos no Estado. De acordo com o sindicato, até o dia 1º de setembro foram registradas 118 explosões a caixas eletrônicos no Paraná, além de 24 arrombamentos, sem o uso de explosivos. Apenas na região metropolitana de Curitiba foram 75 ataques.

Temendo novas ações das chamadas “quadrilhas da dinamite”, proprietários de estabelecimentos solicitam aos bancos a retirada dos aparelhos. O Sindicato dos Vigilantes estima que aproximadamente três mil caixas tenham sido retirados em todo o Estado.

O presidente do Sindicato dos Bancários de Cascavel e Região, Gladir Basso, relata que empresários não têm mais interesse em ter caixas eletrônicos em seus estabelecimentos. E os que ainda têm, pedem a retirada dos aparelhos, com medo de ataques.

“A maioria dos equipamentos é retirada a pedido de empresários, que temem sofrer prejuízos por conta das ações dessas quadrilhas”, diz Basso.

Alvos mais comuns

Na região Oeste do Estado, foram registradas oito ações de criminosos, entre arrombamentos e assaltos a bancos, conforme dados do Sindicato dos Vigilantes de Curitiba e Região.

O último ataque na região ocorreu no dia 6 de agosto, em Nova Aurora, onde uma quadrilha invadiu uma agência bancária e arrombou dois caixas eletrônicos. Na ocasião, os criminosos utilizaram um maçarico para estourar os equipamentos.

Em Toledo, uma tentativa de arrombamento, no dia 8 de julho, terminou com um adolescente de 17 anos morto, após confronto com a Polícia Militar. Outros quatro integrantes da quadrilha acabaram detidos.

As ações dos criminosos em cidades de pequeno porte têm se tornado mais comuns. O presidente do Sindicato dos Bancários de Cascavel e Região, Gladir Basso, afirma que isto é reflexo do número reduzido de policiais em municípios menores.

Para tentar inibir a ação dessas quadrilhas, o Sindicato dos Bancários tem cobrado, insistentemente, medidas de segurança das agências bancárias. Uma das exigências do sindicato é a presença de vigilantes, 24 horas por dia nesses estabelecimentos.

Além da presença de vigilantes, outras medidas têm sido tomadas pelas agências bancárias, na tentativa de coibir a atuação dos criminosos. Os bancos estão disponibilizando dinheiro em quantidade menor nos caixas eletrônicos. Outra providência é a redução do horário de atendimento. Algumas agências diminuíram o horário de atendimento dos caixas em uma hora.