Foz do Iguaçu – Uma operação de segurança integrando as Forças Armadas do Brasil e do Paraguai e um encontro dos ministros de Justiça e Segurança dos países do Mercosul – ambos sediados em Foz do Iguaçu – reafirmam o compromisso governamental brasileiro de aumentar a vigilância em toda a faixa de fronteira. As ações, apoiadas pela Itaipu, são distintas, mas interligadas pelo mesmo foco: o combate ao crime organizado.
A Operação Paraná, que está prevista para ocorrer de 27 de setembro a 3 de outubro, reunirá uma série de iniciativas conjuntas, com a participação de 300 integrantes das Forças Armadas brasileira e paraguaia. A ação será desenvolvida nos municípios lindeiros ao reservatório de Itaipu, com diferentes exercícios militares. O último dia é reservado para uma manobra conjunta na usina.
Já o encontro de ministros, de 4 a 7 de novembro nas dependências do PTI (Parque Tecnológico Itaipu), reunirá ministros da Justiça e Segurança Pública do Brasil, da Argentina, do Uruguai, do Paraguai, da Bolívia, do Chile, da Colômbia, do Equador, da Guiana, do Peru e do Suriname. Um dos focos será o combate aos crimes transnacionais, normalmente praticados por organizações criminosas especializadas.
Crime organizado
O diretor-geral brasileiro de Itaipu, general Joaquim Silva e Luna, que foi ministro da Defesa de fevereiro a dezembro de 2018, afirma que, mais do que nunca, Brasil, Paraguai e países limítrofes precisam unir forças para ensejar o combate a um mal que hoje já não tem fronteiras: o crime organizado. “As organizações criminosas movimentam um volume de dinheiro tão elevado que, para combatê-las, é preciso um amplo esforço de inteligência e de ações vigorosas, envolvendo as forças de segurança não apenas na fronteira, mas no destino final do tráfico”.
Silva e Luna acredita que a linha de ação pensada pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, para a fronteira com o Paraguai, que integrará as várias forças de segurança, é o caminho certo. O Paraguai, diz o general, “tem o maior interesse nesta cooperação binacional, porque hoje está sofrendo cotidianamente com a ação de criminosos, nas ruas e nas prisões dominados por facções como o PCC e o Comando Vermelho, de origem brasileira”.
Ministros na Itaipu
A agenda do encontro ministerial ainda está sendo finalizada, mas será o ministro Sérgio Moro quem dará as boas-vindas a seus pares. Em seguida, está prevista uma visita às instalações do futuro Centro Integrado de Inteligência. Inspirado em modelo dos Estados Unidos, o escritório vai se chamar “Fusion Center” e funcionará em uma área de 600 metros quadrados no Parque Tecnológico Itaipu.
O projeto abriga 16 instituições, como PF (Polícia Federal), PRF (Polícia Rodoviária Federal), Abin (Agência Nacional de Inteligência), Ministério da Defesa, UIF (Unidade de Inteligência Financeira – antigo Coaf) e Receita Federal, entre outras.
O escritório vai integrar o trabalho operacional dos órgãos de controle e investigação. Além de apoio operacional para as ações das polícias na fronteira, o Fusion Center também vai auxiliar em investigações do Brasil inteiro, por meio do levantamento de informações, processamento e difusão.
O escritório em Foz do Iguaçu funcionará em conjunto com o Centro Integrado de Inteligência inaugurado recentemente em Curitiba. O Fusion CAs ações, apoiadas pela Itaipu, são distintas, mas interligadas pelo mesmo foco: o combate ao crime organizado.enter também vaAs ações, apoiadas pela Itaipu, são distintas, mas interligadas pelo mesmo foco: o combate ao crime organizado.i auxiliar na criação de pAs ações, apoiadas pela Itaipu, são distintas, mas interligadas pelo mesmo foco: o combate ao crime organizado.rotocolos de troca de informações entre instituições.