Superlotação, falta de estrutura, falta de efetivo e, em contrapartida, o retorno das visitas na PEC. Todos esses assuntos estiveram em pauta durante reunião realizada ontem à tarde. O encontro ocorreu na VEP (Vara de Execuções Penais) e reuniu Sindarspen (Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná), OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e a VEP.
A reunião foi a portas fechadas e a juíza substituta da Vara, Cláudia Spinassi, preferiu não dar informações sobre o que seria feito a partir do debate das autoridades.
Hoje, as visitas retornam na Penitenciária e, de acordo com o Sindarspen, o principal motivo de preocupação é que não há efetivo suficiente para fazer a movimentação de pessoas.
Quando a penitenciária foi inaugurada, eram em torno de 60 agentes na unidade, para cerca de 890 presos.
Na Rebelião de 2014, esse número de presos já era maior: mais de mil.
"Atualmente, temos uma estrutura destruída e 12 presos por cela. Cada uma delas tem capacidade para seis. Ou seja, há superlotação. O número de presos cresceu. Mas o de agentes diminuiu", lamenta a diretora sindical Vanderleia Leite.
Nesta sexta-feira, as visitas ocorrem normalmente a partir das 9h, até às 15h. E será até domingo. Assim como no fim de semana seguinte.
Para diminuir o risco, as visitas ocorrem por cronograma, separadas por galeria, conforme determinação do Depen e organização da direção da unidade penal.
SOE
O trabalho da Seção de Operações Especiais será de prontidão. Eles não ajudarão nas visitas, por se tratar de uma atividade de rotina. Mas ficarão na base do departamento, que é anexa à PEC. Em caso de confusão, movimentação estranha ou até mesmo princípio de motim, os agentes do setor especial estarão prontos para agir.
Os familiares dos presos também estão liberados para levar à unidade alimentos não perecíveis, conforme determinação do Depen. A PEC estava interditada para visita desde novembro do ano passado, quando a segunda rebelião da cadeia foi registrada e teve como resultado a destruição da unidade, recém-inaugurada da reforma da rebelião de 2014