Policial

Ossada Rio do Salto: Sogro e companheiro da vítima já cometeram crimes parecidos

A informação de que uma ossada estava em uma propriedade rural chegou à Polícia Civil depois de o suspeito do crime ter sido detido por violência doméstica, na noite de quarta-feira (18).

Delegacia de Homicídios- Foto: Aílton Santos/ Arquivo
Delegacia de Homicídios- Foto: Aílton Santos/ Arquivo

A Delegacia de Homicídios de Cascavel investiga a provável morte de Oracilda Aparecida Rodrigues, 28 anos. Ela desapareceu em abril de 2018, em Cascavel, e pode ser dela a ossada encontrada na madrugada dessa quinta-feira (19) em Rio do Salto, distrito de Cascavel.

A informação de que uma ossada estava em uma propriedade rural chegou à Polícia Civil depois de o suspeito do crime ter sido detido por violência doméstica, na noite de quarta-feira (18).

Após ouvir testemunhas, a polícia diz acreditar que o material encontrado seja os restos mortais de Oracilda, que era nora do suspeito, casada com o filho da atual companheira dele.

O suspeito foi autuado em flagrante por ocultação de cadáver, já que havia voltado ao local para tentar destruir as evidências. “O autor do crime voltou ao local na quarta-feira, desenterrou os ossos e, após quebrá-los em pequenos fragmentos, colocou fogo para acabar com qualquer prova ou vestígio do crime”, relata a delegada responsável pelo caso, Raísa Vargas.

Histórico criminal

Tanto o suspeito desse crime como o companheiro da provável vítima têm vastas fichas criminais.

O sogro dela já foi condenado por homicídio e ocultação de cadáver em 2015, mas cumpre pena em regime semiaberto. Ele responde ainda por outra série de crimes, como roubo, tráfico de drogas, porte ilegal de arma de fogo e corrupção de menores.

Já o companheiro de Oracilda – e pai da filha dela – também foi ouvido ontem pela DH. Ele está preso na PEC (Penitenciária Estadual de Cascavel) e responde por homicídio e ocultação de cadáver, além de furto, roubo, receptação, violência doméstica e posse de drogas.

O crime

A Delegacia de Homicídios acredita que o crime tenha acontecido em abril de 2018, quando Oracilda desapareceu. “Com base nos depoimentos já colhidos, acredita-se que ela tenha sido morta ano passado. Outro fato que chama a atenção é que o suspeito teria coagido pessoas na época a dizer que Oracilda tinha fugido de Cascavel e deixado o filho, que na época tinha seis meses”, acrescenta a delegada Raísa.

A vítima teria sido morta com golpes na cabeça. A ossada deve passar por exame de DNA para comprovar a identidade.

O suspeito foi detido em flagrante por ocultação de cadáver e negou todas as acusações. Não se sabe o motivo do crime.