Cascavel – Mais de seis mil motoristas foram autuados por excesso de velocidade na BR-467 em 12 meses. O número é bastante elevado e equivale a mais de 18 multas por dia na rodovia.
De acordo com o policial rodoviário federal, Antônio Gradin, do posto de fiscalização de Cascavel, por ser uma pista dupla, os motoristas acabam exagerando.
Existe um limite de velocidade, de 110 quilômetros por hora, e em alguns pontos ele é de 80 ou 60 quilômetros. Mas já flagramos motos e carros a mais de 200 quilômetros.
Segundo Gradin, no segundo semestre do ano passado foram registrados 3.268 casos contra 3.430 nos primeiros seis meses de 2015, o que representa um crescimento de 5%.
Conforme dados da PRF (Polícia Rodoviária Federal), no primeiro semestre do ano passado, quando não existia sinalização regulamentar na rodovia para operação com radares, foram registrados 161 acidentes com 113 feridos e seis mortes. Já no segundo semestre, quando a fiscalização já contava com radares, ocorreram 124 acidentes com 107 feridos e duas mortes.
Um dos óbitos foi de uma criança que foi atropelada correndo atrás de uma pipa e outro de uma passageira de uma motocicleta que se desequilibrou e caiu, vindo a óbito posteriormente.
Já no primeiro semestre de 2015, foram 116 acidentes com 82 feridos e cinco óbitos, sendo que quatro poderiam ter sido evitadas.
Todas apontaram o excesso de velocidade aliado à falta do uso do cinto de segurança, já que os condutores foram ejetados do veículo. A única exceção é de um motociclista que, ao cruzar a rodovia, bateu em um caminhão.
Em relação à velocidade, Gradin destaca que o aumento nas autuações está diretamente ligado à fiscalização.
Rotineiramente os policiais estão nas rodovias para evitar que os motoristas desrespeitem as leis de trânsito. A intenção não é multar e sim conscientizar o condutor para que ele ande na velocidade permitida, não ultrapasse em local proibido, use os equipamentos de segurança, como cinto e capacetes, por exemplo.
Segundo ele, ao longo dos meses a tendência é de que as multas diminuam.
Infelizmente, é pegando pelo bolso que muitas pessoas acabam cumprindo o que é determinado. Aos poucos, os motoristas acabam se conscientizando que não será cinco ou dez minutos em um trecho que vai fazer a diferença. Ele precisa saber que esse tempo, se houver imprudência, pode não chegar.
(Com informações Tissiane Merlak)