Policial

Mais prazo para conclusão de inquérito

O delegado da Polícia Federal de Cascavel, Mário Cesar Leal Júnior, deve solicitar hoje a prorrogação do prazo para a conclusão do inquérito envolvendo Maria Conceição Queiroz, a Maria Paraguaia. Ela é acusada por crime análogo à escravidão e suspeita de tráfico internacional de pessoas.

A mulher, que foi presa no dia 24 de outubro e passou por audiência de custódia no dia 26, está detida na carceragem da Delegacia de Corbélia. Segundo a Polícia Federal são aguardadas as informações da polícia do Paraguai sobre as crianças que foram encontradas com Maria Paraguaia. Ainda não há confirmação de quem são os menores e também de como eles vieram parar no Brasil.

Uma comitiva do país vizinho é aguardada para esta semana. Os integrantes da comitiva devem acompanhar a investigação que está sendo feita pela Polícia Federal e ainda como os menores estão abrigados em Cascavel.

Menores

Os três menores, que estavam na casa de Maria, um menino de pouco mais de um ano, uma menina de nove anos e uma adolescente de 17 anos, têm origem paraguaia. Porém, a Polícia ainda busca informações se há algum grau de parentesco entre os menores e, principalmente, se o menino é ou não filho da adolescente que estava na casa da acusada.

O caso

O caso suspeito de tráfico internacional de pessoas, que ganhou destaque no fim de outubro, começou com o suposto aparecimento no dia 10 de outubro, de um menino de pouco mais de um ano em frente a uma casa, no Bairro Cascavel Velho, em Cascavel.

No dia 10, Maria Paraguaia acionou o Conselho Tutelar Sul alegando que o menino estava abandonado em frente ao seu portão. O Nucria (Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente) foi acionado e, como não conseguia pistas a respeito do caso, convocou, juntamente com o Ministério Público e Poder Judiciário, o auxilio da população.

Vizinhos, que reconheceram o menino alertaram a polícia, que acabou por descobrir a farsa de Paraguaia. Conforme a polícia, a mulher teria vendido o menino para um casal que, depois de não conseguir a documentação do menor, o teria devolvido. Buscas foram feitas na casa dela e a polícia encontrou os outros dois menores.

Com a suspeita de tráfico internacional de pessoas, o caso foi repassado à Polícia Federal, que cumpriu mandados de busca e apreensão na casa de Maria Paraguaia e outros envolvidos no caso. Lá, eles recolheram diversos documentos que fazem parte do inquérito. A Polícia Federal não divulgou o conteúdo dos documentos, nem mesmo dos depoimentos prestados no caso.