Cascavel – Hoje é lembrado o Dia Nacional de Mobilização dos Homens pelo Fim da Violência Contra a Mulher, que tem como objetivo sensibilizar, envolver e mobilizar os homens no engajamento pelo fim da violência contra a mulher.
Considerado um crime quase invisível pelo fato de muitas mulheres deixarem de denunciar, a violência doméstica ainda faz milhares de vítimas em todo o País, muitas delas fatais. Para combater as mortes em ambiente doméstico foi aprovada, em março de 2015, a Lei 13.104, que qualifica o chamado crime de feminicídio.
Em Cascavel, três dos sete homicídios registrados contra mulheres neste ano foram enquadrados como feminicídio. Esse número é menor do que o registrado no ano passado, que teve um registro a mais.
Para a secretária municipal de Ação Social, Inês de Paula, a lei que qualifica o feminicídio é boa, mas insuficiente. Tudo o que vem para agravar a culpabilidade para esse tipo de crime é válido, mas ainda precisamos de mais medidas para combater a violência contra as mulheres, destaca.
Segundo ela, o Brasil demorou demais para aprovar leis e medidas neste sentido. A Constituição Federal foi o primeiro passo, porque antes a vítima precisava da autorização do próprio agressor para poder denunciar. Depois tivemos a criação da Lei Maria da Penha, que foi outro grande marco. Porém, essas medidas já deveriam ter sido tomadas há tempos. Assim, as estatísticas seriam menores, argumenta.
O principal problema ainda é a desinformação, principalmente nas classes mais baixas. Conforme a secretária, as mulheres precisam de mais informação sobre as políticas públicas oferecidas às vítimas de violência doméstica. Precisamos dar mais empoderamento às mulheres para que elas se encorajem e denunciem as agressões, finaliza.