Com um aumento de 25% no comparativo com o mesmo período do ano passado, Cascavel já registra 25 mortes violentas em 2017. Em 2016, até o dia 1º de abril foram 20. O último caso foi o de Augusto Ferreira de Lima, de 40 anos, ocorrido na madrugada do sábado, na esquina da Rua Amazonas com a Rua Dois, no Bairro São Cristóvão.
O corpo de Augusto foi encontrado por populares com sinais de violência, agressão, com cortes e marcas de espancamento. Conforme a polícia, o rosto de Augusto ficou completamente desfigurado, e o reconhecimento dele só foi possível porque ao lado do corpo foi encontrado os documentos da vítima.
O crime já está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios e, segundo a polícia, Augusto possuía algumas anotações criminais e, a vida pregressa do homem pode ter relação com a causa da morte. Ele foi a primeira vítima do mês de abril.
Segundo levantamento feito diariamente pelo O Paraná, o mês de janeiro foi o mais violento em Cascavel, com 11 mortes violentas, sendo três latrocínios e um confronto com a PM. Na sequência vem março, que fechou com nove assassinatos e depois fevereiro, que registrou quatro homicídios. Os números são os maiores dos últimos três anos. Em 2015, por exemplo, do dia 1º de janeiro até 1º de abril haviam sido contabilizadas 20 mortes violentas, destas duas em confronto.
A região de Cascavel mais violenta é a norte, justamente onde está a UPS (Unidade Paraná Seguro), no Bairro Interlagos.
Das 25 mortes violentas, quase 50% foram registradas lá. Foram três no Interlagos, três no Floresta, uma no Brazmadeira, duas no Melissa, uma no Julieta Bueno, outra no Morumbi e outra no Periolo.
Na segunda colocação está a região sul, onde será instalada na primeira quinzena de abril a segunda unidade da UPS em Cascavel. Lá foram registradas mortes nos bairros Cascavel Velho (1), Universitário (2), 14 de Novembro (1), Jardim União (1) e Parque São Paulo (2), totalizando sete casos.
A região leste contabilizou uma morte no Gramado e outra no São Cristóvão e a oeste duas nos bairros Esmeralda e Neva. Na área rural foram registradas as outras duas mortes.